segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Imagens das araucárias gigantes salvas para as gerações futuras

A proprietária Elza Nishimura Woehl ao lado de uma das 72 araucárias gigantes,
com 4,10 metros de circunferência.
Apresentamos as imagens de uma das 72 araucárias gigantes, que mede 4,10 metro de circunferência e de uma PEROBA com 2,7 metros de circunferência da área de nossa propriedade, em Itaiópolis (SC), que em breve será transformada em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), situação que garante a preservação para sempre.


O terreno tem várias araucárias, mas 72 delas são gigantes, que devem ter mais de 400 anos. Os moradores do entorno nos disseram que têm araucárias de diâmetro maior, mas não deu tempo de visitar toda a área que tem 56 hectares. Mas algumas das araucárias gigantes que acessamos medem entre 3,4 e 4,1 metros de circunferência.

A mata, que é de floresta primária, além destas áraucárias está repleta de árvores gigantescas de outras espécies e de animais silvestres raros (hoje, 27/12/2009, vimos um macuco). Fica no entorno da área da adoção da SPVS/HSBC, onde já criamos uma RPPN.

A proprietária Elza Nishimura Woehl ao lado de uma peroba, com 2,7 metros de circunferência.

A área pertencia à Móveis Cimo (de Curitiba) e foi vendida posteriormente para uma madeireira de Campo Alegre (SC). Nós compramos desta madeireira que manteve a área preservada até hoje, e assim ficará para as gerações futuras, para que elas também tenham o direito de conhecer como é uma Mata de Araucárias intacta.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Ilha de Páscoa e o vexame de Copenhague - COP15

LEIAM E REPASSEM! É MUITO IMPORTANTE! REMETE-NOS A MAIS PROFUNDA REFLEXÃO SOBRE O VEXAME QUE ACONTECEU EM COPENHAGUE (COP15).

Segue um trecho do livro COLAPSO, de Jared Diamond, sobre o ecocídio de uma das civilizações mais avançadas que existiu, que habitou a ilha de Páscoa, por cerca de 600 anos (900 – 1.600), até se auto-destruir (junto com todo o ecossitema da ilha que eles aniquilaram), principalmente pela megalomania de construir estátuas gigantes (que consumiam muita madeira e comida) e pela explosão populacional.

Neste livro, que vale a pena ler, Jarred Diamond comenta sobre as fortes evidências de que pelo menos os líderes destas civilizações que colapsaram, como o caso da ilha de Páscoa, sabiam o que os esperava pela frente. A pergunta que o autor faz: "Porque eles não conseguiram evitar o colapso?" O grande fracasso da Rio92, Kyoto e, mais recentemente, o vexame de Copenhague (COP15) nos fornece a resposta.

Jared Diamond escreveu:

Frequentemente me pergunto: “ O que os insulares de Páscoa que cortaram a última palmeira disseram enquanto faziam aquilo?” Será que, assim como os modernos madeireiros, terão gritado. “Emprego sim, árvores não!” Ou: “A tecnologia resolverá nossos problemas, não tema, vamos encontrar um substituto para a madeira”? Ou: “Não temos provas de que não há mais palmeiras em algum outro lugar de Páscoa, precisamos de mais pesquisas, a proposta de proibição da atividade madeireira é prematura e movida por sentimentos alarmistas”? Tais questões são levantadas por todas as sociedades que inadvertidamente danificaram seu ambiente (...)

[Observação: a palmeira que o autor se refere, atingia 2 metros de diâmetro e era endêmica da ilha de Páscoa, assim como dezenas de outras árvores gigantes, plantas e animais – 26 espécies de aves endêmicas foram extintas junto com a civilização deles]

(...) Os paralelos entre a ilha de Páscoa e o mundo moderno são ASSUSTADORAMENTE óbvios. Graças à globalização, comércio internacional, aviões a jato e Internet, todos os países da Terra de hoje em dia compartilham recursos e afetam uns aos outros, assim como fizeram os 12 clãs de Páscoa [uma divisão política mais ou menos equivalente aos estados brasileiros, ou países, como Diamond prefere usar aqui]. A ilha de Páscoa polinésia estava tão isolada no oceano Pacífico quanto a Terra está hoje no espaço. Quando os insulares de Páscoa tiveram dificuldades, não havia pra onde fugir, nem a quem pedir ajuda, assim como nós, modernos terráqueos, também não temos a quem recorrer caso precisemos de ajuda. Essas são as razões pelas quais as pessoas vêem o colapso da sociedade da ilha de Páscoa como uma metáfora – a pior hipótese – daquilo que pode estar nos esperando no futuro.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Salvamos uma mata com araucárias gigantes em SC

Uma das 72 araucárias gigantes da área recém adquirida por Elza&Germano.
CLIQUE SOBRE A IMAGEM PARA AMPLIAR

CONCRETIZAMOS hoje, 01/12/2009, a compra de mais uma mata preservadíssima com gigantescas araucárias centenárias, além de outras árvores raras e ameaçadas de extinção como a canela-preta, perobas etc. que poderiam ser derrubadas a qualquer momento.

A área mede 56,2 hectares e fica nas cabeceiras do rio Itajaí, em Itaiópolis (SC) e engloba toda a bacia hidrográfica do rio Caçador e fica bem próxima da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí

Uma das araucárias da área recém adquirada, que não é a maior.

No total, já possuímos 500 hectares de Mata Atlântica preservada naquela região, que estão sendo transformadas em RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), situação onde nunca mais poderão ser desmatadas. São muitos quilômetros de matas ciliares salvos. Beneficiamos desta forma toda a população de Blumenau, Itajai... que tanto dependem da preservação das cabeceiras do rio Itajaí.

O desmatamento está intenso na região. Se estas áreas não forem compradas, serão desmatadas a qualquer momento. No desmatamento ocorre uma grande perda de biodiversidade, que é para sempre, e também emissão de gases do efeito estufa que agravam o problema do aquecimento global.

O ecossistema "Mata de Araucárias" está em processo acelerado de extinção. Restam pouquíssimas áreas bem preservadas

sábado, 7 de novembro de 2009

Escolas podem salvar a Mata Atlântica

Nós acreditamos que estes jovens podem mudar o destino da Mata Atlântica e da Floresta Amazônica. Estamos apostando tudo neles.




Estas imagens são de estudantes da 8ª série do ensino fundamental da Escola Estadual Marechal Rondon, de São José dos Campos (SP), uma das turmas que no dia 06/11/2009 tiveram a oportunidade de aprender sobre a Mata Atlântica nas trilhas de fragmento de mata preservada em Jacareí (SP), que pertencente à Prefeitura.

Os estudantes ficam fascinados quando entram na mata e se interessam muito em aprender como funciona um ecossistema, as relações das plantas e animais. Nada escapa da atenção deles. Geralmente são eles que visualizam os bichos mais fascinantes na trilha, como um inseto camuflado sobre o tronco de uma árvores ou um pequeno vertebrado e fazem perguntas sobre o animal localizado. Então, o monitor está preparado para explicar sobre a função ecológica do bicho, sua relação com as plantas e outras curiosidades.

Os fragmentos de floresta que ainda restam próximos aos centros urbanos, mesmo pequenos, não importa o tamanho, servem com uma verdadeira sala de aula para levar os estudantes. Estas atividades ao ar livre contribuem muito para o aprendizado e estimula os jovens a se interessam em defender as matas que ainda restam, pois descobrem na prática, vêem com os próprios olhos, que estão cheias de vida, abrigam uma fabulosa diversidade de plantas e animais.

Só é possível proporcionar estes benefícios para a sociedade quando conseguimos apoio de empresas como a Johnson & Johnson, que acredita na seriedade do nosso trabalho, feito com critérios científicos e sob orientação de especialistas, e está patrocinando este projeto em São José dos Campos para podermos atender 4 mil estudantes de escolas públicas por ano em trilhas interpretativas de Mata Atlântica.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Projeto do Instituto Rã-bugio atrai forte interesse das escolas

(Clique sobre a imagem para ampliá-la)

O projeto de educação ambiental do Instituto Rã-bugio em trilhas interpretativas da Mata Atlântica (para os estudantes valorizarem a natureza) atrai forte interesse das escolas de todos os lugares e saturou a agenda de visitações de escolas. Não há mais vagas para este ano de 2009.

Na trilhas da RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim (SC) e Centro Interpretativo da Mata Atlântica, em Jaguará do Sul (SC), já foram atendidas nas últimas semanas ou estão agendadas para este mês de novembro/2009 escolas dos seguintes municípios catarinenses: Florianópolis, Itajaí, Navegantes, Bombinhas, Laguna, Criciúma, Tubarão, São Bento do Sul, Joinville e Blumenau. Até escolas de Curitiba já foram atendidas neste semestre.


Grupo de estudantes da turma da Professora Andreia Bazzo, da Escola Estadual Professora Paulina Gaya, de Navegantes (SC), sendo atentidos nas trilhas da RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim, no dia 04/09/2009

Estudantes da Escola Estadual Professora Paulina Gaya, de Navegantes (SC)Adicionar imagem
Estudantes da Escola Estadual Professora Paulina Gaya, de Navegantes (SC)

As equipes de São José dos Campos (SP) e Jaraguá do Sul (SC) estão atendendo mais de 200 estudantes por dia, quando as condições meteorológicas permitem. Estamos nos estruturando para passar a atender, pelo menos, 300 estudantes por dia. O que deverá ocorrer em breve.

O atendimento nas trilhas é gratuito. Mas as escolas de municípios distantes devem pagar o fretamento de ônibus. Os projetos de patrocínio do Instituto Rã-bugio só pagam o fretamento de ônibus para as escolas PÚBLICAS locais – Jaraguá do Sul (SC), São José dos Campos (SP) e municípios vizinhos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Adolescentes de S. José dos Campos (SP) descobrem e se encantam com a Mata Atlântica na Reserva Ecológica Augusto Ruschi.

Estudantes encontram um sapo no pátio das instalações da Reserva Ecológica. Na foto acima, a Elza mostra que o sapo não espirra "leite" nas pessoas.

Muito atentos, os estudantes anotam tudo

Estudantes às margens de um riacho no meio da mata recebendo explicações sobre a importância das áreas preservadas para a proteção dos rios


Estudantes observam as enormes capsulas de sementes do Embiruçu

No dia 20/10/2009, atendemos 110 estudantes da Escola Estadual Marechal Rondom, de São José dos Campos. São alunos da 7a. série de 3 turmas.

Foi um grupo de adolescentes bastante motivados e curiosos para conhecer a riqueza de biodiversidade da Mata Atlântica. Foram os próprios alunos que acharam os animais na trilha, como uma espécie rara de um pequeno lagarto (nome científico: Placosoma glabellum)

A Reserva Ecológica Augusto Ruschi é uma área bem preservada de Mata Atlântica com 245,7 hectares que foi comprada pela Prefeitura de São José dos Campos no ano de 1902, com o propósito proteger as áreas de mananciais.

Há mais de 30 anos a Reserva dispõe de trilhas interpretativas para atividades de educação ambiental das escolas. O que é supreendente. Porém, o local era mais utilizado pelas escolas particulares e geralmente para recreação.

Neste projeto patrocinado pela Johnson & Johnson chegou a vez das escolas públicas serem beneficiadas. Mas com uma diferença muito importante: os estudantes vão usar as trilhas para aprender sobre a Mata Atlântica, com ênfase sobre os serviços ambientais (proteção dos recursos hídricos) e biodiversidade.

As atividades são monitoradas por profissionais treinados. As turmas são dividas em pequenos grupos que acompanham cada um dos monitores nas trilhas. São 2 horas e meia de atividades para cada turma. Mas o professor continua desenvolvendo em sala de aula o que foi observado nas trilhas.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Sala de aula no meio da Mata Atlântica em São José dos Campos (SP)

Estudantes da Escola Estadual Marechal Rondon, de São José dos Campos (SP), impressionados com o desconhecido e atentos às explicações de Elza Nishimura na trilha interpretativa da Reserva Ecológica Augusto Ruschi


Hoje, 19/10/2009, foi um dia muito especial para o Instituto Rã-bugio e também um dia inesquecível para um grupo de 50 estudantes da Escola Estadual Marechal Rondom, de São José dos Campos (SP).


Atendemos nas trilhas interpretativas da Reserva Ecológica Augusto Ruschi a nossa primeira turma de estudantes do projeto de educação ambiental patrocinado pela Johnson & Johnson. É um marco histórico para o nosso projeto. É o primeiro grupo de estudantes que atendemos fora de nossa base.

Foi uma turma empolgada e muito interessada em conhecer a biodiversidade da Mata Atlântica. A estrela foi a nossa convidada de honra, a irmãzinha de um dos alunos, que tem apenas 8 anos (veja a história na postagem abaixo). Foi ela que encontrou mais bichos (insetos) na trilha e, muito entusiasmada, era insistente para compartilhar com todos a experiência que estava tendo ao descobrir como a natureza é maravilhosa.

Estudantes conhecendo a riqueza da biodiversidade de uma floresta preservada de Mata Atlântica

Nós, da equipe do Instituto Rã-bugio, estamos muito satisfeitos e orgulhosos ao observar o brilho nos olhos das crianças e o encanto delas ao entrarem nas trilhas de uma floresta bem preservada de Mata Atlântica e observarem as gigantescas árvores e a beleza de plantas como o xaxim e as inúmeras espécies de aves.

sábado, 17 de outubro de 2009

Professores e alunos entusiasmados para conhecer a Mata Atlântica em São José dos Campos, SP

Estudantes de escola pública EMEF Profª. Vera Lúcia C. Barreto, de São José dos Campos (SP) sendo preparados para as atividades ao ar livre (interpretação de trilhas) na Reserva Ecológica Augusto Ruschi.


Nesta semana estamos iniciando o projeto de educação ambiental “Mata Atlântica é Qualidade de Vida” em parceria com as escolas públicas de São José dos Campos (SP), que é patrocinado pela Johnson & Johnson.

Neste projeto de São José dos Campos estamos replicando uma experiência bem sucedida acumulada nos últimos 10 anos em atividades de interpretação de trilhas em áreas preservadas envolvendo as escolas de Santa Catarina, que já atendeu mais de 25 mil estudantes.

Fomos surpreendidos pela calorosa recepção dos diretores, professores e alunos. Estávamos um tanto apreensivos porque não somos ainda muito conhecidos em São Paulo e prevíamos alguma dificuldade no início para conquistar a confiança dos diretores e professores.

No entanto, todos ficaram encantados quando nosso projeto foi apresentado. Ficaram mais empolgados ainda quando souberam que o nosso projeto patrocinado pela Johnson & Johnson vai pagar até o fretamento dos ônibus e beneficia todos os alunos (de 5ª a 8ª série).

O entusiasmo foi tanto a ponto de uma professora se emocionar com o nosso projeto. Disse que há anos sonha em levar seus alunos para desenvolverem atividades em alguma área preservada de Mata Atlântica (interpretação de trilhas) mas nunca conseguiu os recursos para o fretamento de ônibus. É uma escola frequentada por estudantes pobres, em sua grande maioria.

Na palestra de preparação da primeira turma para as atividades ao ar livre, teve um aluno da 5ª série, com 11 anos, que derreteu os corações da equipe do Inst. Rã-bugio (Elza e Sibele). Cheio de empolgação e muito meigo, perguntou se poderia levar também sua irmãzinha de 8 anos. Aí, a professora interferiu e perguntou-lhe: “Mas quem vai cuidar dela?” Ele respondeu: “Eu cuido...”.
Estudantes de escola pública EMEF Profª. Vera Lúcia C. Barreto, de São José dos Campos (SP), sendo preparados para as atividades ao ar livre (interpretação de trilhas) na Reserva Ecológica Augusto Ruschi.

As atividades serão desenvolvidas na Reserva Ecológica Augusto Ruschi (antigo horto florestal), uma área preservada de 245,7 hectares pertencente à Prefeitura que fica a 14 km do centro de São José dos Campos e que dispõe de trilhas interpretativas há mais de 30 anos. A área preservada foi comprada pela prefeitura em 1902 com o propósito de proteger os mananciais. Portanto, engana-se quem acha que esta compreensão dos serviços ambientais prestados pelas áreas preservadas é novidade.

Atualmente a reserva é administrada pela Secretaria de Meio Ambiente de São José dos Campos (SEMEA), que também é parceira do projeto.

Temos que elogiar a empresa Johnson & Johnson por proporcionar este benefício tão importante para comunidade.

sábado, 3 de outubro de 2009

Crianças são fascinadas pelos animais da Mata Atlântica

Com apoio da Elza, estudantes observam uma serpente jovem da Mata Atlântica dormindo tranquilamente com o corpo enrolado sobre as raízes de uma embaúba.

As atividades de educação ambiental nas trilhas interpretativas são fascinantes para as crianças. Tudo desperta muita curiosidade. Com certeza, a partir do momento que elas passam pelas trilhas começam a ter outra visão sobre o nosso Planeta, compreender melhor a natureza e a formar valores para aceitar que outros organismos têm direito a vida.

As crianças da foto são da Escola Municipal de Ensino Fundamental ALBANO KANZLER de Jaraguá do Sul (SC) e as ativdades fazem parte do projeto “Educação Ambiental para a sustentabilidade”, financiado pelo FEPEMA - Fundo Especial de Proteção ao Meio Ambiente de Santa Catarina.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Demonstração de Amor pela Vida: Libertou um gaturamo da gaiola

Gaturamo que foi salvo por uma jovem estudante de biologia que ama a natureza (clique sobre a imagem para ampliá-la)

Na semana passada, durante o intervalo das atividades de interpretação de trilha, na RPPN Santuário Rã-bugio, quando atendíamos uma escola pública de Navegantes (SC), uma de nossas estagiárias, acadêmica de Biologia, contou-nos uma história bastante motivadora sobre sua atitude corajosa que nos encheu de orgulho, pois é uma prova de que esta jovem estudante realmente ama a natureza.

Ela estava passeando com a família na Vila da Glória, em Joinville (SC). E na frente de uma residência ela presenciou um crime ambiental: um gaturamo (Euphonia violacea), passarinho da Mata Atlântica, preso e se debatendo muito em uma gaiola com um alçapão armado, que ela tratou de fotografar (veja a foto acima). O gaturamo estava com parte próxima ao bico sangrando e muito machucada de tanto que se debatia na gaiola, tentando escapar.

Como o infrator não deu as caras, ela não hesitou em dar a liberdade imediata para o gaturamo. Em seguida, estraçalhou o alçapão e a gaiola e jogou tudo no meio do mato.

O gaturamo é uma ave que não sobrevive muito tempo na gaiola, porque precisa de uma alimentação muito especial que só encontra nas matas bem preservadas. Portanto é uma crueldade muito grande mantê-lo preso. A gaiola é a morte certa em poucas semanas.

É adaptado para se alimentar quase que exclusivamente de frutos. Raramente come insetos. É uma ave altamente evoluída para se alimentar somente de frutos de polpa bem macia. Não tem papo e a moela é degenerada, ou seja, possuem baixa capacidade de processamento mecânico dos alimentos ingeridos. O alimento é pouco aproveitado e eliminado poucos minutos após a ingestão.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Vendaval em Santa Catarina devastou também áreas preservadas de Mata Atlântica

Fragmento de Mata Atlântica arrasado pelo vendaval no entorno da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, na localidade Serrinha do Itajaí, Vontroba, em Itaiópolis (SC). Clique na imagem para ampliar

Como se já não bastasse o apetite das motosserras, os fragmentos de Mata Atlântica foram também duramente castigados pelo vendaval da semana passada que arrasou o centro da cidade de Papanduva, no Planalto Norte Catarinense

A RPPN Corredeiras de Rio Itajai, em Itaiópolis (SC) teve centenas de árvores centenárias derrubadas. No entorno da RPPN teve alguns fragmentos isolados de Mata Atlântica que foram totalmente arrasados pelo vendaval, ccomo se tivessem sido devastados pela ação humana, com aqueles correntões puxados por dois tratores-de-esteiras para destruir as áreas de Cerrado.Veja a imagem acima.

Moradores da localidade da Cerqueira, em Itaiópolis, chegaram a encontrar passarinhos mortos que se refugiavam nas árvores durante o forte vendaval seguido de muito granizo, que ocorreu por volta das 16:30 h do dia 20/08/2009.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Salvando as nascentes do rio Itajaí e milhares de formas de vida!


Acabam de ser criadas as RPPNs de nossas áreas preservadas em ITAIÓPOLIS, SANTA CATARINA, nas cabeceiras do Rio Itajai


RPPN CORREDEIRAS DO RIO ITAJAÍ- Área: 332,92 ha
RPPN TAIPAS DO RIO ITAJAI - Área: 24,2 ha

As Portarias n. 75 e 77 de 03/09/2009 do Ministério do Meio Ambiente foram publicadas no Diário Oficial da União do dia 04/09/2009, n.170, páginas 234 e 235.

UM PRESENTE PARA SANTA CATARINA, BLUMENAU, ITAJAI... PARA AS FUTURAS GERAÇÕES

Iniciativa salva da devastação dezenas de quilômetros de matas ciliares preservadíssimas (de rios, córregos e riachos da bacia hidrográfica do rio Itajaí) e com milhares de bichos - patrimônio de todos os brasileiros.

Estão salvos 443 hectares de Mata Atlântica, boa parte intocada (floresta primária), com árvores centenárias, nas cabeceiras do rio Itajaí, no município de Itaiópolis (SC). A maior parte desta área já foi transformada em RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural, situação onde nunca mais poderá ser desmatada. O restante da área já está em processo de ser também transformada em RPPN.

Elza Nishimura Woehl ao lado de uma árvore centenária Maria-preta (Diatenopteryx sorbifolia)

Graças às nossas ações, salvamos CONCRETAMENTE dezenas de quilômetros de matas ciliares. Para quem gosta de pensar em termos do número de árvores, devem ter sido salvas algo em torno de 10 milhões de árvores, considerando as mudinhas e árvores jovens e adultas. Se estas áreas não forem compradas, serão todas devastadas, como já está ocorrendo – de forma muito intensa.
Elza Nishimura Woehl com uma figueira gigante. Espécie de árvore centenária que ocorre na RPPN

Para cuidar de tudo isso o casal Elza Nishimura & Germano Woehl Junior recebeu apoio do programa de desmatamento evitado através de adoção de áreas preservadas da ONG SPVS em parceria com o banco HSBC – Seguros Carbono Neutro, da campanha de neutralização de carbono do HSBC. Este programa de adoção de áreas preservadas visa salvar as últimas áreas preservadas de Mata Atlântica, mais especificamente, as Matas de Araucárias.

Para compra das áreas foram utilizados recursos pessoais (das economias do casal Germano & Elza, fundadores e dirigentes do Instituto Rã-bugio). Foi um esforço para salvar estas últimas áreas preservadas de Mata Atlântica, que prestam um serviço essencial para a população (protegem os recursos hídricos, a biodiversidade evitam erosão e estocam carbono que se for liberado agrava o problema do aquecimento global).

O processo de criação da RPPN foi feito pela Associação RPPN Paraná em parceria com a Associação RPPN Catarinense que contou com o apoio financeiro da Aliança para Conservação da Mata Atlântica, através do Programa de Incentivo as RPPN da Mata Atlântica.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

FEPEMA aprova projeto do Instituto Rã-bugio: Educação Ambiental para a sustentabilidade

Estudantes da escola publica estadual E.E.B Teresa Ramos de Corupá (SC),
participantes do projeto de Educação Ambiental do Instituto Rã-bugio


O projeto “Educação Ambiental para a sustentabilidade” proposto pelo Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade foi aprovado pelo FEPEMA*, após análise da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental de Santa Catarina CIEA/SC.

O projeto abrange as escolas públicas dos municípios de Jaraguá do Sul, Corupá, Schroeder, Guaramirim e Massaranduba, do vale do rio Itapocu (região norrte de Santa Catarina). Portanto, as ações do Instituto Rã-bugio atingirão uma escala impressionante com este projeto.

Ao todo, serão 6000 estudantes atendidos em trilhas interpretativas em meio a Mata Atlântica. As atividades estão sendo realizadas no Centro Interpretativo da Mata Atlântica (CIMA), no município de Jaraguá do Sul e na RPPN Santuário Rã-bugio, no município de Guaramirim.

As ações visam salvar os remanescentes de Mata Atlântica, que prestam serviços ambientais estratégicos para a sociedade, protegendo os mananciais, evitando a erosão do solo, amenizando o clima e mantendo a estocagem de carbono (já que o desmatamento libera gases de efeito estufa que agravam o problema do aquecimento global).

Enfim, o projeto contribuirá para a preservação de um valioso patrimônio nacional: a riquíssima biodiversidade, com muitas espécies ameaçadas de extinção, que a Mata Atlântica abriga.


Alunos da escola pública estadual E.E.B Francisco Mees, de Corupá (SC),
prestando uma homenagem ao Instituto Rã-bugio.


*O FEPEMA (Fundo Especial de Proteção ao Meio Ambiente de Santa Catarina) é um fundo socioambiental, vinculado a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável - SDS do estado de Santa Catarina, que tem como finalidade, apoiar o estudo, desenvolvimento e execução de programas e projetos que visem a conservação, a recuperação e a melhoria da qualidade ambiental. Instituído em 1981, o FEPEMA é um dos mais antigos fundos socioambientais atuantes no país e representa um importante instrumento de financiamento ambiental em Santa Catarina.

domingo, 30 de agosto de 2009

PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO INSTITUTO RÃ-BUGIO GANHA ESCALA

Alunos da Escola Municipal Dr. Abdon Baptista, de Joinville (SC), nas atividades de interpretação de trilha na RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim (SC)


Uma das maiores empresas do mundo, a JOHNSON & JOHNSON, é a mais recente patrocinadora de projetos do Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade que trabalha nas escolas com educação ambiental em defesa da Mata Atlântica, para proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade.

O Instituto Rã-bugio mantém um crescimento vigoroso em plena crise econômica e finca os pés em SÃO PAULO para realizar um ambicioso projeto de EDUCAÇÃO AMBIENTAL nas escolas públicas paulistas

É uma das maiores conquistas do Instituto Rã-bugio até hoje, que conta também com os seguintes patrocínios:

BOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo), através da carteira de projetos, Bovespa Social

PETROBRAS, através da seleção pública de projetos, pelo programa Petrobras Ambiental

Banco HSBC (Instituto HSBC solidariedade), através do Portal Social da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, do Grupo RBS (afiliada Rede Globo em Santa Catarina)

É o reconhecimento de um trabalho sério em educação ambiental desenvolvido em parceria com as escolas, sob orientação de especialistas renomados das mais importantes universidades brasileiras e do exterior.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

EDUCAÇÃO AMBIENTAL VISTA DO ESPAÇO



Um sonho está se realizando! Um projeto que começou atendendo as escolas em nossa casa (chácara), em Guaramirim (SC), e ganhou uma escala impressionante.

O google earth já atualizou as imagens de Jaraguá do Sul - SC. Agora dá para ver as instalações do Centro Interpretativo da Mata Atlântica (CIMA), novo centro de Educação Ambiental do Instituto Rã-bugio, que vai dar escala no atendimento das escolas de Santa Catarina para valorização das áreas preservadas. A inauguração será em breve!!!

Este local poderia ter outra destinação (já existia aquela terraplanagem que aparece na imagem desde a década de 90). Em parte da área havia uma plantação de eucalipto e a mata regenerou, mas o restante permaneceu com mata primária. Ali, já funcionou um centro de triagem de lixo reciclável e um estande de tiro da policia militar. Em 2005 a área foi cedida em comodato ao Instituto Rã-bugio.

Demos um destino nobre para esta imensa área preservada na ameaçada SERRA DO MAR da região norte de Santa Catarina. São 40 hectares de área preservada (que será transformada em Unidade de Conservação da Natureza). A trilha interpretativa principal pelo meio da mata preservada tem 1.150 metros. Era uma estrada abandonada utilizada pelos jipeiros.

Para quem quiser explorar no programa Google Earth, as coordenadas geográficas das instalações são
26 31 16.82 S 49 06 16.27 W (copiar e colar no campo PESQUISA do programa Google Earth)

A realização deste sonho só foi possível graças ao apoio das seguintes pessoas fisicas e instituições

Sr. Moacyr Sens

PETROBRAS - Programa Petrobras Ambiental 2006

Fundação AVINA

Instituto HSBC Solidariedade

terça-feira, 11 de agosto de 2009

ESTA AÍ O RESULTADO DO NOSSO PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Mirando no Ambiental e acertando TAMBÉM no social

Alunos e professores da EEB Odir Zanelatto de Itaiópolis (SC) atendidos pelo nosso projeto em 30/11/2001

Temos mais um indicador de resultado do sucesso de nossas ações. No projeto de Educação Ambiental patrocinado pela Fundação O Boticário em 2001 solicitamos autorização para utilizar os recursos no fretamento de ônibus para atender uma escola de Itaiópolis (SC), que fica a 150 km da RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim (SC), local das atividades de interpretação de trilha, que já atendeu 22 mil estudantes.

Era uma situação muito especial, pois se tratava da Escola de Educação Básica Odir Zanelatto, do Bairro Lucena, que atende estudantes muito pobres e onde eu estudei. As professoras sempre citam meu exemplo para incentivar os alunos a estudarem para conseguirem a ascensão social, já que sou daquela comunidade. E por ocasião das exposições itinerantes para popularizar os anfíbios, uma professora, com muito interesse pelo tema, insistiu muito para seus alunos conhecerem a RPPN Santuário Rã-bugio.

A Fundação O Boticário atendeu meu pedido e prontamente autorizou. O investimento para atender estes alunos de Itaiópolis foi de R$ 450,00, o que daria para fretar cinco ônibus em Jaraguá do Sul na época, conforme previsto no projeto de educação ambiental que propomos.

Mas foram os R$ 450,00 mais bem investidos até hoje. Foi uma emoção muito grande receber aquela criançada na RPPN Santuário Rã-bugio no dia 30/11/2001. Como foi importante para aquelas crianças fazerem aquela viagem. A alegria delas estampada naqueles rostinhos... não tem preço.

Agora, o fato mais surpreendente: uma das meninas, muito pobre, que está foto acima (indicada com a seta amarela), foi no último domingo visitar minha irmã, que era a diretora da escola na época, para pegar meu e-mail. Minha irmã perguntou: “E daí, o que está inventando da vida?” Ela respondeu: “Ah, estou realizando meu sonho”. E completou: “Sou aluna do curso de engenharia agronômica da Universidade Federal do Paraná”

Está aí o resultado do nosso trabalho! Colecionamos vários casos como este e com um detalhe muito importante: são jovens estudando ou já atuando em várias profissões que se tornaram defensores ferrenhos da conservação da natureza.

sábado, 25 de julho de 2009

Monstruosidade em Joinville: MATANÇA DE SAÍRAS COM RATOEIRAS

Saíra-de-sete-cores (Tangara seledon)
O crime abominável contra a natureza presenciado pela Elza na manhã deste sábado, 25/07/2009, nos deixou profundamente abalados.

Ela parou para comprar banana num daqueles pontos tradicionais na rodovia SC-301, da Serra Dona Francisca, em Pirabeiraba, Joinville (SC), onde os pequenos produtores (população tradicional), sempre muito simpáticos, costumam vender sua produção de bananas às margens daquela rodovia que corta a Serra do Mar. Nesta região, a Mata Atlântica é uma das mais bem preservadas de Santa Catarina.

Para atrair compradores os cachos maduros de banana são pendurados na parte da frente das barraquinhas.

Ao se aproximar de um dos pontos de venda, a Elza observou uma linda saíra-de-sete-cores sobre o muro, se deslocando em direção a uma fonte de comida, ao lado da barraquinha. De repente, ao bicar a comida oferecida sobre o muro... Pleft! UMA RATOREIRA desarmou e ceifou instantaneamente a vida da saíra.

Ao desarmar, com a força da mola, a ratoeira saltou de cima do muro com saíra presa pelo pescoço. De longe, a Elza não havia percebido a ratoeira armada, que tinha como isca uma rodela de banana.

Ela ficou em estado de choque com a cena tão cruel e covarde. Em questão de segundos a agradável e motivadora imagem da saíra-de-sete-cores saltitando sobre o muro transformou-se em horror, algo muito repugnante de se presenciar.

Gaturamo (Euphonia violacea)

A um metro de distância desta que matou a saíra havia uma segunda ratoeira armada com mais uma vítima se aproximando, desta vez um gaturamo.

Então, a Elza começou a chorar muito com a atitude deste senhor e implorou desesperadamente para que retirasse esta segunda ratoeira. Ele atendeu aos apelos e o gaturamo foi salvo por um triz (a mesma sorte não teve os que foram mortos antes da Elza chegar, como a própria saíra).

No balcão da barraquinha havia uma tigela cheia de rodelas de bananas, estoque de iscas para algumas horas. O que dá idéia de quantas das mais belas aves da Mata Atlântica são mortas ali todos os dias.

Enquanto retirava a saíra morta da ratoeira, ele justificou que não joga fora suas vítimas. Servem de petisco. Em seguida, entregou a saíra para a sua mulher que rapitadamente a levou para a cozinha, para ser preparada.

Nesta época do ano, quando chove e faz muito frio, diminui muito a oferta de comida nas áreas preservadas, especialmente nas matas secundárias, então as aves ficam muito famintas. Elas se arriscam e atacam os cachos de bananas maduras, bicando algumas bananas (e os fregueses podem rejeitar o cacho). Então, esta é a maneira que este senhor encontrou para resolver o problema. Certamente, não deve ser o único a fazer isso.

Germano

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Professores de Nova Prata - RS em defesa das Matas de Araucárias

Nem o frio e a chuva tiraram o ânimo dos professores para as atividades ao ar livre

Atividades com os Professores em Nova Prata (RS)
15 e 16 de julho de 2009

Nossa equipe (Elza, Sibele e Scheila) se deslocou até o Rio Grande do Sul, município de Nova Prata para desenvolver atividades com os professores da rede pública de ensino. Participaram das atividades 41 professores do ensino fundamental - 1ª a 8ª série - da rede municipal de ensino.

O convite partiu dos professores Maurícius Ilha e Adriana de Barros Antonialli da EMEF Guerino Somavilla.

A partir de agora eles vão ensinar para os alunos que um ecossistema não é mato que precisa ser eliminado, mas sim a vida do Planeta que precisa ser perpetuada para as gerações futuras.

Atividades desenvolvidas:
15/07
Período Matutino (Na EMEF Guerino Somavilla)
- Breve apresentação do trabalho de Educação Ambiental realizado pelo Instituto Rã-bugio;
- Palestra "Mata Atlântica: Essencial para a vida" onde foram abordados os seguintes assuntos: Ecossistemas da Mata Atlântica/ Floresta de Araucária e sua Biodiversidade/ Ação do Ser Humano contra a Mata Atlântica/ A importância da Mata Atlântica;
- Apresentação dos vídeos produzidos pelo Instituto Rã-bugio;
- Realização de experimentos, utilizando como indicador o suco do repolho roxo, para a análise da qualidade da água de um córrego da cidade;
- Apresentação e realização de dinâmicas como sugestão de atividades de educação ambiental, para serem realizadas com seus alunos (por exemplo: Que animal sou eu?).

Período Vespertino
- Trilha interpretativa em área preservada com Mata de Araucárias na área rural de Nova Prata - Durante a atividade, os professores puderam vivenciar a importância e exemplos da biodiversidade deste ecossistema;

16/07 Período Matutino
- Trilha Interpretativa no Complexo Hidrotermal "Caldas de Prata";
- Explanações por parte da Elza sobre a importância da Educação Ambiental nas escolas e encerramento das atividades, no Centro Cultural de Nova Prata

domingo, 19 de julho de 2009

LENDA URBANA: churrasco fatal em Itaiópolis SC - lenha de Eucalipto tratado - Arsênico

Estou há pelo menos 5 anos desmentindo este boato (ver abaixo). Eu sou de Itaiópolis (SC), minha família mora em Itaiópolis, vou lá uma vez por mês, converso TODOS OS DIAS com o pessoal de Itaiópolis e nunca, jamais, alguém soube desta história por lá. A cidade é pequena e todos se conhecem. Todo mundo fica sabendo na hora até de uma simples discussão num bar.

Então, fui pesquisar e descobri que este boato foi importado. O original está em inglês, traduziram para o português e mandaram brasa (adicionando personagens locais).

Não sei porque alguém joga isso na internet de tempos em tempos. Voltou a circular há um mês. Cabe a nós não difundirmos estes boatos (geralmente são bem característicos: não indicam links confiáveis para checar a veracidade, só nomes, instituições, endereços e telefones ficticios).

A pegadinha está na quantidade de arsênico que poderia impregnar a carne e matar as pessoas nas condições relatadas do suposto fatídico churrasco. A dose letal média do arsênico* é de 0,07 g/kg de massa corporal.. Por exemplo, para uma pessoa com 70 Kg a dose letal de algum composto de arsênico seria de 5 gramas.

*A toxicidade do arsênico depende do seu estado químico, sendo praticamente todos os compostos de arsênico tóxicos para o Homem, uns mais do que outros.

Para um indivíduo acumular 5 gramas de algum composto de arsênico comendo churrasco assado com este eucalipto tratado, teria que devorar uns 20 bois POR DIA até o resto de sua vida. É mais fácil morrer com os anabolizantes e outros hormônios que o pessoal usa para engordar os bois. Ou morrer com a água que tomaria caso colocasse muito sal na carne.

A quantidade de arsênico na água mineral é muito maior do que poderia impregnar a carne. No Brasil é permitido conter até 5 microgramas por litro de água.

Antigamente o arsênico era largamente empregado na medicina (os pacientes inalavam grandes quantidades) e na agricultura para o combate de pragas.

O arsênico faz parte da primeira geração de agrotóxicos e foi intensamente utilizado como inseticida na Europa até o início do século passado, sobretudo nas plantações de trigo, cuja aplicação era feita por meio de pulverização. Há registro de seu uso na Inglaterra como formicida já em 1669.

Sobre os estudos da contaminação dos poços artesianos com arsênico e intoxicação com o uso de medicamentos a base deste elemento químico recomendo a leitura deste artigo:
Arsenicismo crônico por medicamento e por água potável


Germano Woehl Junior
Itaiopolense
Instituto Rã-bugio

Veja no wikipedia mais informações sobre o arsênico

História
O arsênio (do grego, auripigmento amarelo) é conhecido desde tempos remotos assim como alguns de seus compostos, especialmente os sulfetos. Dioscórides e Plínio conheciam suas propriedades; Celso Aureliano, Galeno e Isidoro Largus sabiam de seus efeitos irritantes, tóxicos, corrosivos e sua ação parasiticida, e observaram suas virtudes contra a tosse, afecções da voz e dispnéia. Os médicos árabes usaram também compostos de arsênio em inalação, pílulas e poções, e também em aplicações externas. Durante a Idade Média os compostos arsenicais caíram no esquecimento sendo relegados aos curandeiros que os prescreviam contra algumas enfermidades. Roger Bacon e Alberto Magno se detiveram no seu estudo. O primeiro que o estudou em detalhes foi George Brandt en 1633, e Johann Schroeder o obteve em 1649 pela ação do carvão sobre o ácido arsênico. A Jöns Jacob Berzelius se devem as primeiras investigações acerca da composição dos compostos de arsênio. A partir do século XVIII os compostos arseniacais conseguiram um posto de primeira ordem na terapêutica até serem substituidos pelas sulfamidas e os antibióticos.


Abundância e obtenção
É o 20.º elemento em abundância da crosta terrestre e é encontrado na forma nativa, principalmente sob forma de sulfeto em uma grande variedade de minerais que contém cobre, chumbo, ferro ( arsenopirita ou mispickel ), níquel, cobalto e outros metais. Na fusão de minerais de cobre, chumbo, cobalto e ouro se obtém trióxido de arsênio ( As2O3 ) que se volatiliza no processo e é arrastado pelos gases da chaminé, podendo conter mais de 30% do óxido. Os gases da chaminé são refinados posteriormente misturando-os a uma pequena quantidade de galena ou pirita para evitar a formação de arsenitos, e pela queima se obtém trióxido de arsênio com 90 a 95% de pureza., por sublimação sucessiva pode-se obter com uma pureza de 99%. Reduzido-se o óxido com carbono obtém-se o metalóide (semi-metal arsênio), entretanto a maioria do arsênio é comercializado como óxido. Praticamente a totalidade da produção mundial de arsênio metálico é chinesa, que é também é o maior produtor mundial de trióxido de arsênio. Segundo dados do serviço de prospecções geológicas estadounidenses ( U.S. Geological Survey ) as minas de cobre e chumbo contém aproximadamente 11 milhões de toneladas de arsênio, especialmente no Peru e Filipinas. O metalóide também é encontrado associado com depósitos de cobre-ouro no Chile e de ouro no Canadá.


MENSAGEM COM O BOATO (LENDA URBANA) que circula na internet

Date: 07/07/2009
Subject: Eucalipto tratado

Para conhecimento.

Em Itaiópolis-SC, cidade próxima a Mafra-SC, houve uma ocorrência com três mortes que poderiam ter sido evitadas. Três amigos faziam um churrasco e na falta de lenha ou Carvão, utilizaram madeira de um poste usado e descartado, de transmissão elétrica para dar continuidade ao fogo, desconhecendo que os mesmos são tratados em autoclave, utilizando-se o cobre, o cobalto e o arsênico no processo.

[Faltar carvão em Itaiópolis? É brincadeira...]

A volatização do arsênico contaminou a carne e os três acabaram morrendo envenenados. Em Monte Castelo existe uma empresa, de propriedade do Presidente do Rotary Club daquela cidade, que efetua o tal processo de autoclave, atendendo todas as exigências ambientais, não comprometendo o meio-ambiente.

O problema é que a vulgarização do uso da madeira assim tratada poderá trazer problemas pela falta de informação, uma vez que não pode ser serrada ou furada sem recolhimento dos resíduos e nenhum alimento deve ser cultivado próximo aos locais de implantação de postes ou outros elementos confeccionados com esta madeira.

A queima é totalmente proibitiva porque a simples inalação dos gases poderá ser fatal.

A madeira tratada é de fácil identificação pois adquire uma coloração esverdeada decorrente do óxido de cobre e não comporta a formação de fungos ou líquens como as não tratadas.

Divulguem esta mensagem a fim de evitarmos perda de vidas por falta de informações.
--
Prof. Tetuo Hara
Dept.Eng.Agricola/CCA/UFV
Consultor Técnico do CENTREINAR - Centro Nacional de Treinamento em Armazenagem Campus da Universidade

terça-feira, 14 de julho de 2009

PROFESSORES: A Salvação do Brasil

Professores de Massaranduba (SC)

O sábado do dia 22/08/2008 amanheceu chuvoso na RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim (SC). A Elza acordou cedo e muito animada me tirou da cama, pois era dia de atividades práticas em Massaranduba (SC) com os professores da rede pública de ensino daquele município, participante do projeto Serra do Mar: Água & Vida, patrocinado pelo Programa Petrobras Ambiental.

Foram raras as vezes que eu acompanhei as atividades com os professores. Pensei, num dia como este, com chuva, muito frio, duvido que algum professor vá aparecer lá, ainda mais num sábado, dia de folga deles.

Chegando a Massaranduba, cerca 30 km de Guaramirim, estavam todos os professores nos esperando no local combinado para as atividades às margens do rio Massaranduba.

Foi até comovente observar que todos estavam muitos dispostos para aprender. E mais interessante ainda: soubemos que estes professores passaram a conduzir seus alunos para a beira do rio para repetir os experimentos de monitoramento da poluição por meio indicadores, utilizando corantes naturais extraídos de algumas plantas (veja na cartilha sobre Bacia Hidrográfica).

Eu cheguei a comentar com a Elza: “É graças a dedicação de professores(as) com estes(as) que o Brasil consegue avançar em seu desenvolvimento”

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Vídeo mostrando a riqueza de animais da Mata Atlântica

Vale a pena assistir e repassar este vídeo do Instituto Rã-bugio que mostra a riqueza de animais da Mata Atlântica. São apenas 4 minutos de muita ação! Logo estas criaturas podem não mais estarem compartilhando o planeta conosco, se não conseguirmos deter o desmatamento das últimas áreas preservadas, que continua intenso.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

PROFESSORA DE ESCOLA PÚBLICA DE CURITIBA: ORGULHO PARA O BRASIL

Alunos de uma escola pública de Curitiba recebendo explicações da Elza sobre a Restinga, em Araquari (SC). Foto: Professora Liane Petry

No dia 16/06/2009 tivemos a satisfação de atender a Professora Liane Petry com seus entusiasmados alunos de uma escola pública de Curitiba, Escola Estadual Manoel Ribas. Foi muito motivador recebê-los. Todos estavam com muita sede de aprender. Que turma fantástica!

O fretamento do ônibus foi bancado pela própria Professora Liane (distância entre Curitiba e Guaramirim-SC: 160 km). O Brasil tem que se orgulhar muito de ter professores como a Liane. Estes são os nossos verdadeiros heróis.

Alunos da Professora Liane Petry conhecendo o mangue em Araquari (SC)

Além das atividades nas trilhas interpretativas da RPPN Santuário Rã-bugio, a Professora Liane e seus alunos conheceram os ecossistemas costeiros, RESTINGA e MANGUEZAIS da nossa região.

ESCOLAS PODEM SALVAR A MATA ATLÂNTICA

O tema “meio ambiente” é bastante amplo e geralmente são negligenciados os problemas ambientais mais relevantes para a humanidade, onde o Brasil está no foco, como a questão do desmatamento que causa perda da biodiversidade, dos recursos hídricos, agravamento do aquecimento global etc.

Ninguém gosta de estimular as escolas a lidarem com estes temas porque batem de frente com os interesses econômicos, do lucro imediato de agentes locais. Então, dentro da temática ambiental o assunto preferido das escolas é trabalhar com reciclagem de lixo. Porém, a maioria sequer aborda corretamente este tema e simplesmente usam os alunos para catarem os recicláveis para levantamento de fundos, competindo com os catadores que tiram seu sustento da atividade.

A conseqüência disso é que estamos perdendo a Floresta Amazônica e o que resta da Mata Atlântica e a sociedade brasileira parece que não se importa muito. Aceita passivamente o desmonte da legislação ambiental, as investidas contra a Floresta Amazônica e o que resta da Mata Atlântica.

Atividades realizadas em 29/05/2009 com professores de São João de Itaperiú (SC) para valorizarem os ecossistemas locais

Quero mostrar um exemplo de como poderemos mudar esta realidade e salvar a Mata Atlântica e o futuro do nosso País.

A secretaria de educação do município de São João do Itaperiú (SC), que fica na região litorânea, com muitas áreas preservadas, convidou a equipe do Instituto Rã-bugio para trabalhar com as escolas do município.

Observe como dá resultados este trabalho que realizamos em parceria com as escolas. Acabamos de receber o projeto completo de Wilmar Delmonego, Professor de Ciências e Biologia da Escola de Educação Básica “Professora Elvira Faria Passos” do município de São João de Itaperiú (SC).

Atividades com professores de São João de Itaperiú (SC) para valorizarem a biodiversidade local



PROJETO DE CIÊNCIAS

MATA ATLÂNTICA: Fauna e flora - São João do Itaperiú

Alunos da 5ª série do Ensino Fundamental

Professores:
Marcos Tarcisio
Rosa
Morganna Vasti Bernardes
Wilmar Delmonego


Apresentação do projeto:
Este projeto visa conhecer alguns representantes da fauna e flora que fazem parte de alguns bairros do município de São João do Itaperiú - SC, aprofundando pesquisa nesse ecossistema. A princípio serão estudados alguns nomes comuns que forem de interesse dos grupos , que se destacarem numa pesquisa escrita feita pelos pais/responsáveis. Todo trabalho se encaminhará em várias direções que despertarão os conceitos a serem desenvolvidos. Pretendemos trabalhar a classificação dos seres vivos da fauna e flora, construção de textos, mapas conceituais, fotografias relacionando com a produção textual.

Justificativa:
O tema do projeto aguça o interesse natural dos educandos desta fase etária. Poder vivenciar teoria e prática, pesquisa na internet facilitará o acesso as informações relacionadas ao tema. Assim proporciona maior subsídio para a produção de texto. A escolha do tema “fauna e flora” ocorreu por vir de encontro aos conteúdos programados para o ano letivo. Os pré-adolescentes, nesta fase se identificam muito com os animais e plantas, motivo esse que os levam a se associar a eles, mostrando seu carinho pela preservação, admiração, etc, devido possivelmente ao seu tamanho, inocência, carinho, dependências pessoais e sociais.

domingo, 28 de junho de 2009

Reciclagem de Garrafas PET - 1001 UTILIDADES FALSAS PARA ALIVIAR NOSSA CONSCIÊNCIA

Todos os dias somos bombardeados por notícias de que alguém, finalmente, achou uma maneira de aliviarmos nossa consciência do consumo insustentável, com a descoberta de uma solução revolucionária do lixo que produzimos como a utilização de garrafas PET para aquecedores solares, dutos para água, boias etc.

A radiação ultravioleta (que é constituída por fótons de alta energia) solar interage com o material plástico e quebra a longa cadeia de carbono do polímero. Em outras palavras, quando exposto ao sol, o material fica todo quebradiço em poucas semanas, fragmentando-se em pequenos pedaços e contaminado o ambiente PARA SEMPRE, já que neste estado é difícil coletar os pedacinhos.

Nestas condições ou quando sujas as garrafas PET ficam inviáveis para a reciclagem. Na verdade, não é bem reciclagem porque o material plástico resultante não pode mais ser utilizado novamente para fabricar garrafas PET. É transformado em outro tipo de plástico. Por isso, é tão importante REDUZIR o consumo de PET (refrigerantes, água engarrafada...).

Causamos menos danos ao ambiente se depositarmos as garrafas limpinhas, logo após o consumo do conteúdo. Se sujar um pouco, já era! Vai tudo para o aterro sanitário ou jogado na beira de estradas, provocando contaminação eternamente. Estudos recentes revelam que as garrafas PET não são tão inertes como se pesava. Liberam substâncias nocivas à saúde e ao meio ambiente. Ver abaixo as referências.

Minha esposa e eu acabamos herdando um passivo ambiental deste tipo, deixado em uma área preservada que adquirimos, em Itaiópolis (SC), onde está sendo criada uma reserva particular, RPPN Corredeiras do Rio Itajaí .


RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC)

O antigo proprietário usou centenas de garrafas PET, enchendo-as com areia, para fazer os canteiros de sua horta. Como nossa intenção é devolver a área ocupada pela residência para a natureza, isto é, deixar a Mata Atlântica engolir tudo, incluindo a casa de madeira da chácara, e tentamos remover as garrafas semi-enterradas.

Todas se esfacelaram!!! Em milhares de pequenos pedacinhos, que ficarão lá, para a posteridade. Só deu para retirar a parte onde não incidiu a luz solar, isto é, a parte enterrada, que estava toda suja, obviamente, e foi descartada no aterro.

Outro absurdo é usar estas garrafas PET em artesanato onde se agrega tintas, vernizes e solventes altamente nocivos à saúde humana, sendo que em pouco tempo tudo se degrada e acaba sendo descartado no aterro. Pior: incentivam isso nas escolas e chamam a atividade de “educação ambiental”, esquecendo de informar as crianças de que não faz muito tempo as garrafas eram de vidro e retornáveis e que em alguns lugares do planeta estas garrafas PET, bem como as latinhas de alumínio, são proibidas.



Garrafas PET liberam substâncias cancerígenas Hormônios Ambientais


Cito aqui três referências sobre os riscos à saúde e ao meio ambiente das garrafas PET. São dois artigos científicos e uma matéria uma matéria do jornal britânico Daily Mail sobre as pesquisas comprovando que as garrafas PET não são tão inertes como se pensava para servir de embalagens para alimentos ou outra utilidade.

Liberam compostos com atividade endócrina (CAEs), os chamados desreguladores endócrinos (endocrine disruptors) ou hormônios ambientais, que são substâncias com atividade hormonal.

Outro contaminante encontrado foi o elemento químico Antimônio, que tem potencial cancerígeno. O Antimônio contamina o material polímero PET nos processos de fabricação, foi uma das hipóteses levantadas.

Portanto, garrafas PET podem ser lixo tóxico perigoso e não deve ser reutilizada ou descartada no meio ambiente.




1. Fruit juice cancer warning as scientists find harmful chemical in 16 drinks

By Sophie Borland



2. Polyethylene Terephthalate May Yield Endocrine Disruptors

Leonard Sax



Montgomery Center for Research in Child and Adolescent Development, Exton, Pennsylvania, USA

http://ehp.niehs.nih.gov/0901253/



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Environ Health Perspect 118:445-448 (2009). http://dx.doi.org/10.1289/ehp.0901253 [online 25 November 2009]

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Abstract

Background: Recent reports suggest that endocrine disruptors may leach into the contents of bottles made from polyethylene terephthalate (PET). PET is the main ingredient in most clear plastic containers used for beverages and condiments worldwide and has previously been generally assumed not to be a source of endocrine disruptors.



Objective: I begin by considering evidence that bottles made from PET may leach various phthalates that have been putatively identified as endocrine disruptors. I also consider evidence that leaching of antimony from PET containers may lead to endocrine-disrupting effects.



Discussion: The contents of the PET bottle, and the temperature at which it is stored, both appear to influence the rate and magnitude of leaching. Endocrine disruptors other than phthalates, specifically antimony, may also contribute to the endocrine-disrupting effect of water from PET containers.



Conclusions: More research is needed in order to clarify the mechanisms whereby beverages and condiments in PET containers may be contaminated by endocrine-disrupting chemicals.



Key words: antimony, bottled water, endocrine disruptors, leaching, phthalates, polyethylene terephthalate


Address correspondence to L. Sax, Montgomery Center for Research in Child and Adolescent Development, 64 E Uwchlan Ave., #259, Exton, PA 19341 USA. Telephone: (610) 296-2821. Fax: (610) 993-3931. E-mail: MCRCAD@verizon.net

The author declares he has no competing financial interests.

Received 25 July 2009; accepted 25 November 2009; online 25 November 2009.




3. Elevated antimony concentrations in commercial juices.

Claus Hansen et al. (2010). Journal of Environmental Monitoring 12 (4): 822–4

pode ser baixado (PDF) neste link