quarta-feira, 29 de julho de 2020

Destruição do ciclone na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis SC

O ciclone da tarde do dia 30/06/2020, que produziu rajadas de vento devastadoras, causou uma terrível destruição na parte de MATA PRIMÁRIA da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, derrubando dezenas de espécies de árvores centenárias, algumas ameaçadas de extinção, como sassafras (Ocotea odorifera) e canela-preta (Ocotea catharinensis). Não escaparam da fúria dos ventos nem as gigantescas figueiras que se destacavam na paisagem. Nenhuma ficou em pé na área destruida, que está delimitada pela linha vermelha na imagem do Google Earth. As fotos são de Alfredo Milach, morador do entorno da RPPN.

 Já na RPPN das Araucárias Gigantes, as gigantescas araucárias com mais de 50 metros de altura e mais de 4 metros de circunferências nada sofreram. Continuam lá imponentes com seus 500 anos ou mais de idade. Nenhuma árvore importante foi derrubada. Da mesma forma, nada aconteceu na mata primária das RPPNs adjacentes. 

Na parte de mata secundária, que constitui uma fração pequena de toda a área das RPPNs, muitas árvores foram derrubadas, mas a maioria é de 3 espécies pioneiras, no final do ciclo de vida (raízes já apoderecidas) como vassourão branco (Piptocarpha angustifoli), que tem um tempo de vida de 15 a 20 anos, vassourão-preto (Vernonanthura discolor) e cinzeiro, que é uma árvore de baixa resistência.
Trilha da parte de mata secundária da RPPN Taipa Rio do Couro II. Foto tirada em 22/07/2020. As duas primeiras árvores são da espécie pioneira vassourão-branco (Piptocarpha angustifoli).
Araucária da RPPN das Araucárias Gigantes, que não foi afetada pelo ciclone. Foto tirada em 23/07/2020.
Araucária da RPPN das Araucárias Gigantes, que não foi afetada pelo ciclone. Foto tirada em 23/07/2020.
Araucária da RPPN das Araucárias Gigantes que não foi afetada pelo ciclone. Foto de 26/12/2009 com Elza Nishimura Woehl.
Pindabuna (Duguetia lanceolata) da RPPN das Araucarias Gigantes. Foto de 23/07/2020

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