Mosca predadora (robber fly) sugando o conteúdo interno de uma abelha africana capturada em pleno vôo. Foto: 20/02/2012. Clique sobre a imagem para ampliar
MOSCA PREDADORA
Nome em inglês: robber fly
Ordem: Diptera
Subordem: Brachycera
Infraordem: Asilomorpha
Superfamília: Asiloidea
Família: Asilidae
A mosca predadora captura os insetos, suas presas, em vôo com muita agilidade. Então, com a presa imobilizada pousa em algum galho de um arbusto e usa sua probóscide* curta e muito forte para perfurar o corpo da presa e injetar um liquido paralisante que dissolve todo o conteúdo interno que é sugado alguns minutos depois pela probóscide.
É oportunista. Fica à espreita das suas presas nas plantas com flores, que atraem muitos insetos.
No dia 20/02/2012 observamos na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí , em Itaiópolis (SC), a mosca predadora capturar em pleno vôo duas abelhas africanas num intervalo de poucos minutos.
*Probóscide é um apêndice alongado que se localiza na cabeça de algumas espécies de invertebrado. Também pode ser sinônimo de tromba
sábado, 25 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Plantio de uma árvore coloca em perigo a Mata Atlântica
O difícil trabalho para erradicação da árvore exótica e invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis), também conhecida como uva-do-japão, que está aniquilando a Mata Atlântica na RPPN Refúgio do Macuco, nas cabeceiras do rio Itajaí, em Itaiópolis (SC). Mais de 500 árvores adultas e milhares de mudas oriundas de uma muda de árvore plantada por um morador há 40 anos. Clique na imagem para ampliar.
A maioria das pessoas já deve ter ouvido que as plantas e animais invasores (exóticos, isto é, trazidos de outros lugares) são a segunda causa de perda de biodiversidade, só perdendo para o desmatamento.
Eu já li bastante sobre o assunto, assisti vários documentários sobre a terrível situação de plantas invasoras em áreas protegidas de ecossistemas pelo mundo afora e achava que este era um problema distante do Brasil, que não nos atingia. Pensava isso até conhecer o poder de invasão e de destruição da Mata Atlântica de duas plantas invasoras: da árvore pé-de-galinha ou uva-do-japão (Hovenia dulcis) e do lírio-do-brejo (Hedychium coronarium)
A árvore exótica invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis) é nativa do Japão, leste da China, Coréia até a cordilheira do Himalaia (em altitudes abaixo de 2000 m). Cresce em áreas abertas de solos úmidos arenosos ou argilosos. A árvore foi introduzida como uma árvore ornamental no Brasil e em Santa Catarina para produção de lenha nas propriedades rurais, mas não foi aprovada pelos agricultores.
Os frutos do pé-de-galinha (Hovenia dulcis) são muito saborosos e apreciados por toda a fauna de aves e mamíferos, que se banqueteiam ao redor da árvore na época em que os frutos amadurecem. Quando eu era criança também gostava de comer “pé-de-galinha”, denominação que usamos em Santa Catarina, mas não tinha como saber naquela época que se tratava dos frutos de uma árvore tão perigosa para a Mata Atlântica.
Frutos da árvore exótica e invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis), também conhecida como uva-do-japão.
Por ser muito doce, parece que os animais silvestres (aves e mamíferos) preferem esses frutos importados aos nativos. Na RPPN há uma oferta de uma grande diversidade de frutos das árvores da Mata Atlântica que chegam a forrar o chão e apodrecer na mesma época, mas os habitantes da floresta preferem consumir a importada, os frutos do pé-de-galinha, mesmo correndo o risco de serem abatidas a tiros ou caírem em armadilhas quando freqüentam as propriedades do entorno.
Frutos em desenvolvimento da árvore exótica e invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis)
Esta concorrência, muito desleal, é um problema que desencadeia outro, com graves consequências futuras. A fauna dissemina milhares de sementes para o meio da mata nativa preservada e ao longo dos anos as árvores nativas vão perdendo espaço ao serem substituídas pelo pé-de-galinha (Hovenia dulcis), que pode fornecer frutos para alimentar a fauna somente durante duas ou três semanas - ao contrário da diversidade de árvores da Mata Atlântica que fornece frutos o ano todo.
Já o arbusto lírio-do-brejo (Hedychium coronarium), originário da região da Ásia tropical, foi trazida para o Brasil como planta ornamental especialmente por causa do perfume muito agradável exalado de suas flores brancas. Como o nome diz, esta planta se desenvolve bem em áreas úmidas. Necessita também de muita luz, ou seja, só desenvolve em áreas abertas.
Lírio-do-brejo (Hedychium coronarium), planta invasora que está substituindo a vegetação nativa das ilhas e margens do rio do Couro (afluente do rio Itajaí), na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC). Clique sobre a imagem para ampliar
Na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC), o lírio-do-brejo (Hedychium coronarium) está colonizando todas as margens e ilhas do rio Itajaí e de seu afluente, rio do Couro. Estimamos que o custo para remoção (mecânica, de arrancar com as mãos) desta planta invasora seja na ordem de milhões de Reais, porque teria que exterminá-las em toda a bacia hidrográfica, não apenas dentro da RPPN porque as mudas e sementes se propagam facilmente nas enxurradas.
Obviamente que não dispomos recursos para bancarmos sozinhos a solução deste problema do lírio-do-brejo (Hedychium coronarium). Então, decidimos atacar o problema das plantas invasoras na RPPN começando pelas espécies que eu imaginava mais fáceis de serem removidas, como a árvore pé-de-galinha (Hovenia dulcis).
O grande estímulo para esta preocupação com as plantas invasoras veio do Programa Desmatamento Evitado (PDE) da SPVS , de Curitiba, que ampliou minha visão sobre o perigo das plantas invasoras. Eu subestimava este problema na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC), adotada pelo PDE/SPVS com recursos do Banco HSBC, da campanha publicitária do seguro de automóveis, Seguros Verde Auto. Há dois anos começamos a aplicar estes recursos do PDE/SPVS para combater esta espécie invasora.
Em uma pequena área da RPPN Refúgio do Macuco já foram abatidas mais de 500 árvores adultas de pé-de-galinha (Hovenia dulcis), que deixaram milhares de mudas, muitas delas plantadas pela fauna bem distante do local, na parte de mata primária. Estimamos que leve mais de 50 anos para erradicação desta invasora, deste que tenhamos os recursos financeiros e que os vizinhos também eliminem esta espécie de suas propriedades.
Contaminação biológica: muda da árvore exótica e invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis) plantada por animais (jacú, provavelmente) no meio da mata nativa.
O que estamos observando na RPPN Refúgio do Macuco serve de alerta. Mostra de forma bem evidente que o pé-de-galinha (Hovenia dulcis) é uma espécie de árvore invasora muito perigosa, com um poder devastador de aniquilar a Mata Atlântica e toda sua rica biodiversidade de plantas e animais em poucas décadas. A árvore começa a colonizar a mata ciliar, onde incide mais luz, e vai se expandindo para dentro da mata, substituindo gradualmente as espécies nativas. Moradores do entorno contam que o antigo proprietário da área confrontante apareceu com a novidade por lá há 40 anos plantando uma única muda desta árvore.
Quem não gostou nem um pouco das nossas ações para erradicação - ou controle – da árvore invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis) foram os caçadores. Reclamaram – e muito – porque acabamos com o local de ceva de mamíferos, como o tateto (porco-do-mato), paca e quati. De fato, no local nós encontramos vestígios de instalação de armadilhas nas dezenas de trilhas dos animais silvestres. Era o melhor ponto que eles tinham para caçar.
Publicação: 12/11/2008
Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul
Uma resolução aprovada na última segunda-feira, dia 10, pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) proíbe o plantio, a produção e a comercialização de mudas da espécie exótica Uva do Japão em Santa Cruz do Sul. Por ser uma espécie com grande capacidade de germinação e proliferação ela é bastante agressiva tornando-se dominante no meio onde vive e eliminando as espécies nativas ali existentes.
Segundo o presidente do Conselho e também titular da Secretaria Municipal de Saneamento e Meio Ambiente, Clero Ghisleni, nos últimos anos houve um avanço na incidência da espécie junto ao Cinturão Verde, considerada área protegida, trazendo graves conseqüências para a fauna local. Com a aprovação da medida uma série de ações visando a substituição da espécie serão implementadas pelos órgãos responsáveis.
Nas escolas da rede pública, por meio de projetos de educação ambiental, devem ser proferidas palestras com o intuito de levar informações aos pais, alunos e professores sobre os riscos que a disseminação dessa espécie pode provocar ao meio ambiente. “Vamos buscar conscientizar e orientar a população para o plantio de outras espécies mais benéficas. A Uva do Japão se desenvolve rápido, tem boa capacidade de produção, mas termina com as nossas espécies nativas”, explica Ghisleni
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informa que nas áreas rurais onde a espécie é usada para consumo, a substituição da floresta poderá ser feita por outra espécie exótica. No caso dá como sugestão o Eucalipto. Ghisleni lembra que a Uva do Japão é muito usada nas propriedades do interior como fonte de energia para a cura do fumo. “Nesses casos a substituição será gradativa para não inviabilizar a atividade econômica do produtor”, diz ele.
Nos casos de terrenos situados em áreas urbanas o corte poderá ser efetuado sem a necessidade de licenciamento e deverá ser efetuado no prazo de até 30 dias após a notificação da prefeitura. Nas áreas de preservação ambiental o procedimento somente poderá ser feito com licenciamento e a substituição do exemplar será por uma espécie nativa. Já nas áreas públicas a supressão da espécie ficará a cargo da Secretaria Municipal de Saneamento e Meio Ambiente.
A maioria das pessoas já deve ter ouvido que as plantas e animais invasores (exóticos, isto é, trazidos de outros lugares) são a segunda causa de perda de biodiversidade, só perdendo para o desmatamento.
Eu já li bastante sobre o assunto, assisti vários documentários sobre a terrível situação de plantas invasoras em áreas protegidas de ecossistemas pelo mundo afora e achava que este era um problema distante do Brasil, que não nos atingia. Pensava isso até conhecer o poder de invasão e de destruição da Mata Atlântica de duas plantas invasoras: da árvore pé-de-galinha ou uva-do-japão (Hovenia dulcis) e do lírio-do-brejo (Hedychium coronarium)
A árvore exótica invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis) é nativa do Japão, leste da China, Coréia até a cordilheira do Himalaia (em altitudes abaixo de 2000 m). Cresce em áreas abertas de solos úmidos arenosos ou argilosos. A árvore foi introduzida como uma árvore ornamental no Brasil e em Santa Catarina para produção de lenha nas propriedades rurais, mas não foi aprovada pelos agricultores.
Os frutos do pé-de-galinha (Hovenia dulcis) são muito saborosos e apreciados por toda a fauna de aves e mamíferos, que se banqueteiam ao redor da árvore na época em que os frutos amadurecem. Quando eu era criança também gostava de comer “pé-de-galinha”, denominação que usamos em Santa Catarina, mas não tinha como saber naquela época que se tratava dos frutos de uma árvore tão perigosa para a Mata Atlântica.
Frutos da árvore exótica e invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis), também conhecida como uva-do-japão.
Por ser muito doce, parece que os animais silvestres (aves e mamíferos) preferem esses frutos importados aos nativos. Na RPPN há uma oferta de uma grande diversidade de frutos das árvores da Mata Atlântica que chegam a forrar o chão e apodrecer na mesma época, mas os habitantes da floresta preferem consumir a importada, os frutos do pé-de-galinha, mesmo correndo o risco de serem abatidas a tiros ou caírem em armadilhas quando freqüentam as propriedades do entorno.
Frutos em desenvolvimento da árvore exótica e invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis)
Esta concorrência, muito desleal, é um problema que desencadeia outro, com graves consequências futuras. A fauna dissemina milhares de sementes para o meio da mata nativa preservada e ao longo dos anos as árvores nativas vão perdendo espaço ao serem substituídas pelo pé-de-galinha (Hovenia dulcis), que pode fornecer frutos para alimentar a fauna somente durante duas ou três semanas - ao contrário da diversidade de árvores da Mata Atlântica que fornece frutos o ano todo.
Já o arbusto lírio-do-brejo (Hedychium coronarium), originário da região da Ásia tropical, foi trazida para o Brasil como planta ornamental especialmente por causa do perfume muito agradável exalado de suas flores brancas. Como o nome diz, esta planta se desenvolve bem em áreas úmidas. Necessita também de muita luz, ou seja, só desenvolve em áreas abertas.
Lírio-do-brejo (Hedychium coronarium), planta invasora que está substituindo a vegetação nativa das ilhas e margens do rio do Couro (afluente do rio Itajaí), na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC). Clique sobre a imagem para ampliar
Na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC), o lírio-do-brejo (Hedychium coronarium) está colonizando todas as margens e ilhas do rio Itajaí e de seu afluente, rio do Couro. Estimamos que o custo para remoção (mecânica, de arrancar com as mãos) desta planta invasora seja na ordem de milhões de Reais, porque teria que exterminá-las em toda a bacia hidrográfica, não apenas dentro da RPPN porque as mudas e sementes se propagam facilmente nas enxurradas.
Obviamente que não dispomos recursos para bancarmos sozinhos a solução deste problema do lírio-do-brejo (Hedychium coronarium). Então, decidimos atacar o problema das plantas invasoras na RPPN começando pelas espécies que eu imaginava mais fáceis de serem removidas, como a árvore pé-de-galinha (Hovenia dulcis).
O grande estímulo para esta preocupação com as plantas invasoras veio do Programa Desmatamento Evitado (PDE) da SPVS , de Curitiba, que ampliou minha visão sobre o perigo das plantas invasoras. Eu subestimava este problema na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC), adotada pelo PDE/SPVS com recursos do Banco HSBC, da campanha publicitária do seguro de automóveis, Seguros Verde Auto. Há dois anos começamos a aplicar estes recursos do PDE/SPVS para combater esta espécie invasora.
Em uma pequena área da RPPN Refúgio do Macuco já foram abatidas mais de 500 árvores adultas de pé-de-galinha (Hovenia dulcis), que deixaram milhares de mudas, muitas delas plantadas pela fauna bem distante do local, na parte de mata primária. Estimamos que leve mais de 50 anos para erradicação desta invasora, deste que tenhamos os recursos financeiros e que os vizinhos também eliminem esta espécie de suas propriedades.
Contaminação biológica: muda da árvore exótica e invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis) plantada por animais (jacú, provavelmente) no meio da mata nativa.
O que estamos observando na RPPN Refúgio do Macuco serve de alerta. Mostra de forma bem evidente que o pé-de-galinha (Hovenia dulcis) é uma espécie de árvore invasora muito perigosa, com um poder devastador de aniquilar a Mata Atlântica e toda sua rica biodiversidade de plantas e animais em poucas décadas. A árvore começa a colonizar a mata ciliar, onde incide mais luz, e vai se expandindo para dentro da mata, substituindo gradualmente as espécies nativas. Moradores do entorno contam que o antigo proprietário da área confrontante apareceu com a novidade por lá há 40 anos plantando uma única muda desta árvore.
Quem não gostou nem um pouco das nossas ações para erradicação - ou controle – da árvore invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis) foram os caçadores. Reclamaram – e muito – porque acabamos com o local de ceva de mamíferos, como o tateto (porco-do-mato), paca e quati. De fato, no local nós encontramos vestígios de instalação de armadilhas nas dezenas de trilhas dos animais silvestres. Era o melhor ponto que eles tinham para caçar.
Prefeitura de Santa Cruz do Sul (RS) proíbe o plantio e determina erradicação de uva-do-japão no município.
Publicação: 12/11/2008
Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul
Uma resolução aprovada na última segunda-feira, dia 10, pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) proíbe o plantio, a produção e a comercialização de mudas da espécie exótica Uva do Japão em Santa Cruz do Sul. Por ser uma espécie com grande capacidade de germinação e proliferação ela é bastante agressiva tornando-se dominante no meio onde vive e eliminando as espécies nativas ali existentes.
Segundo o presidente do Conselho e também titular da Secretaria Municipal de Saneamento e Meio Ambiente, Clero Ghisleni, nos últimos anos houve um avanço na incidência da espécie junto ao Cinturão Verde, considerada área protegida, trazendo graves conseqüências para a fauna local. Com a aprovação da medida uma série de ações visando a substituição da espécie serão implementadas pelos órgãos responsáveis.
Nas escolas da rede pública, por meio de projetos de educação ambiental, devem ser proferidas palestras com o intuito de levar informações aos pais, alunos e professores sobre os riscos que a disseminação dessa espécie pode provocar ao meio ambiente. “Vamos buscar conscientizar e orientar a população para o plantio de outras espécies mais benéficas. A Uva do Japão se desenvolve rápido, tem boa capacidade de produção, mas termina com as nossas espécies nativas”, explica Ghisleni
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informa que nas áreas rurais onde a espécie é usada para consumo, a substituição da floresta poderá ser feita por outra espécie exótica. No caso dá como sugestão o Eucalipto. Ghisleni lembra que a Uva do Japão é muito usada nas propriedades do interior como fonte de energia para a cura do fumo. “Nesses casos a substituição será gradativa para não inviabilizar a atividade econômica do produtor”, diz ele.
Nos casos de terrenos situados em áreas urbanas o corte poderá ser efetuado sem a necessidade de licenciamento e deverá ser efetuado no prazo de até 30 dias após a notificação da prefeitura. Nas áreas de preservação ambiental o procedimento somente poderá ser feito com licenciamento e a substituição do exemplar será por uma espécie nativa. Já nas áreas públicas a supressão da espécie ficará a cargo da Secretaria Municipal de Saneamento e Meio Ambiente.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Até as MOSCAS da Mata Atlântica são lindas
MOSCA SOLDADO AZUL (Blue Soldier Fly) Raphiocera sp*: uma das riquezas dos remanescentes da nossa floresta tropical, Mata Atlântica, que estão sendo devastados e nós lutamos para salvar. Mede mais de 2 cm. Local da foto: RPPN Taipa do Rio Itajaí, em Itaiópolis – SC, em 26/12/2011
Ordem: Diptera
Subordem: Brachycera
Infraorderm: Tabanomorpha
Superfamília: Stratiomyoidea
Família: Stratiomyidae (soldier flies)
Subfamília: Raphiocerinae
Espécie: Raphiocera sp*
As imagens em vários ângulos e as informações completas estão no site do Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade na página da MOSCA SOLDADO AZUL
As moscas da família Stratiomyidae são conhecidas como "moscas soldado". O nome é derivado do grego: stratiotes significa soldado (ou guerreiro), devido às marcas no abdome assemelharem-se com as marcas distintivas de hierarquia no uniforme dos militares.
CARACTERÍSTICAS
O tamanho das espécies família Stratiomyidae varia de 3 a 28 mm de comprimento (o exemplar da foto mede mais de 20 mm). Algumas espécies são esbeltas, com a forma que imita vespas (mimetismo), enquanto outras podem ser vigorosas ou conspicuamente achatadas. A coloração também varia, desde preto com amarelo à padrões de brando com verde, sendo que reflexos metálicos são freqüentes.
Os adultos são frequentemente encontrados repousando sobre a vegetação ou alimentando-se sobre flores (alimenta-se de néctar e polem). Daí podemos imaginar o impacto sobre a nossa biodiversidade das abelhas africanizadas (invasoras) que rapam todo o néctar e polem das matas nativas.
LARVAS
As larvas de Stratiomyidae podem se desenvolverem em ambientes aquáticos ou terrestres. Aquelas que se desenvolvem em ambientes terrestres alimentam-se na matéria orgânica em decomposição como esterco, cogumelos e carne de animais em decomposição. As larvas de Raphiocera armata (que pode ser a espécie da foto)* são aquáticas.
As larvas de espécies de mosca como esta da foto desempenham um papel importantíssimo na natureza que vai muito além da decomposição da matéria orgânica: servem de alimento para toda a fauna, principalmente de aves e anfíbios.
* Pode ser Raphiocera armata (Wiedemann, 1830), mas as cores conhecidas para esta espécie variam entre AMARELO e VERDE, ou seja, não há registro da cor AZUL para esta espécie.
Agradecemos à Diego Aguilar Fachin da USP - Ribeirão Preto (SP) e João Paulo Morselli do Depto. de Zoologia, Lab. Sistemática de Insetos, UNESP/Botucatu (SP) pela identificação e informações.
Ordem: Diptera
Subordem: Brachycera
Infraorderm: Tabanomorpha
Superfamília: Stratiomyoidea
Família: Stratiomyidae (soldier flies)
Subfamília: Raphiocerinae
Espécie: Raphiocera sp*
As imagens em vários ângulos e as informações completas estão no site do Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade na página da MOSCA SOLDADO AZUL
As moscas da família Stratiomyidae são conhecidas como "moscas soldado". O nome é derivado do grego: stratiotes significa soldado (ou guerreiro), devido às marcas no abdome assemelharem-se com as marcas distintivas de hierarquia no uniforme dos militares.
CARACTERÍSTICAS
O tamanho das espécies família Stratiomyidae varia de 3 a 28 mm de comprimento (o exemplar da foto mede mais de 20 mm). Algumas espécies são esbeltas, com a forma que imita vespas (mimetismo), enquanto outras podem ser vigorosas ou conspicuamente achatadas. A coloração também varia, desde preto com amarelo à padrões de brando com verde, sendo que reflexos metálicos são freqüentes.
Os adultos são frequentemente encontrados repousando sobre a vegetação ou alimentando-se sobre flores (alimenta-se de néctar e polem). Daí podemos imaginar o impacto sobre a nossa biodiversidade das abelhas africanizadas (invasoras) que rapam todo o néctar e polem das matas nativas.
LARVAS
As larvas de Stratiomyidae podem se desenvolverem em ambientes aquáticos ou terrestres. Aquelas que se desenvolvem em ambientes terrestres alimentam-se na matéria orgânica em decomposição como esterco, cogumelos e carne de animais em decomposição. As larvas de Raphiocera armata (que pode ser a espécie da foto)* são aquáticas.
As larvas de espécies de mosca como esta da foto desempenham um papel importantíssimo na natureza que vai muito além da decomposição da matéria orgânica: servem de alimento para toda a fauna, principalmente de aves e anfíbios.
* Pode ser Raphiocera armata (Wiedemann, 1830), mas as cores conhecidas para esta espécie variam entre AMARELO e VERDE, ou seja, não há registro da cor AZUL para esta espécie.
Agradecemos à Diego Aguilar Fachin da USP - Ribeirão Preto (SP) e João Paulo Morselli do Depto. de Zoologia, Lab. Sistemática de Insetos, UNESP/Botucatu (SP) pela identificação e informações.
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