segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Tornado causa destruição na Mata Atlântica de Santa Catarina.


 Só restaram os troncos das árvores após a passagem de um tornado pela parte mais preservadas da RPPN das Araucárias Gigantes, em Itaiópolis (SC). Clique sobre a imagem para ampliar

Exemplar gigantesco de ARAÇA-PIRANGA (Eugenia leitonii) que foi estraçalhado pelo tornado que atingiu uma das partes mais preservadas da RPPN das Araucárias Gigantes, em Itaiópolis (SC). Clique sobre a imagem para ampliar
 Tornado atinge uma das reservas mais preservadas de Santa Catarina.

Árvores ameaçadas de extinção foram derrubadas pela força dos ventos
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Um evento climático com características de um tornado causou grande destruição na Localidade Linha Cerqueira, em Itaiópolis (SC). Moradores, famílias de pequenos agricultores, ficaram muito assustados porque ainda não tinham ainda vivenciado um fenômeno climático tão devastador.

Ventos que giravam com altíssimas velocidades destruíram uma faixa de Mata Atlântica primária da RPPN das Araucárias Gigantes, praticamente moendo as árvores centenárias de espécies ameaçadas de extinção como CANELA-SASSAFRÁS (Ocotea odorifera) e CANELA-PRETA (Ocotea catharinensis). Pássaros de várias espécies foram encontrados mortos nas bordas das matas. As plantações de tabaco de 45 pequenos agricultores foram arrasadas, com perda total da maioria das lavouras. Os fortes ventos também destruíram casas de madeira, destelharam e derrubaram até paredes de alvenaria de casas e estufas de secagem de tabaco.


CANELA-SASSAFRÁS (Ocotea odorifera), espécie ameaçada de extinção, derrubada pelo tornado que atingiu uma das partes mais preservadas da RPPN das Araucárias Gigantes, em Itaiópolis (SC). Clique sobre a imagem para ampliar

Crianças entraram em pânico. Elen Iasmin Govacki, 9 anos, tentava em vão acender uma vela benta dentro de sua casa que estava bem fechada mas não conseguia porque o vento entrava com muita força pelas frestas das portas e janelas. Desistiu e saiu correndo para outro cômodo da casa ao ouvir estrondos e ver pela janela da cozinha duas copas de araucárias sendo arrancadas e arremessadas em sua direção, mas por sorte não atingiram sua casa. Nem a igreja da comunidade escapou da fúria dos ventos, tendo parte do telhado arrancado.

O fenômeno ocorreu no sábado do dia 14/12/2013, por volta das 17 h e durou apenas 20 minutos. Foi bem localizado em uma faixa de 500 metros de largura e estendendo-se por alguns quilômetros. O que estava dentro desta faixa sofreu destruição, mas com intensidade variável. Na parte onde o suposto tornado tocou o solo pela primeira vez foi a mais destruída. As folhas de tabaco foram arrancadas e varridas das lavouras, restando apenas o talo. Muitas araucárias jovens que estavam no caminho do tornado tiveram as copas decepadas e atiradas bem longe.

O tornado veio acompanhado de muito granizo que atingiram também propriedades vizinhas e contribuiu para aumentar os prejuízos dos agricultores, muitos dos quais perderam a única fonte de renda de um ano, já que a metade não fez seguro da lavoura e alguns fizeram seguro parcial. Além disso, eles financiaram máquinas e o custeio das lavouras e, portanto, dependiam da safra para quitarem as dívidas contraídas.

Infelizmente, a RPPN das Araucárias Gigantes estava próxima do ponto onde o tornado tocou o solo pela primeira vez e uma faixa de mata primária entre 30 e 70 metros de largura, a partir da borda das lavouras, foi triturada, ficando apenas o tronco da maioria das gigantescas árvores centenárias, sendo que algumas foram arrancadas com as raízes. Esta destruição foi ao longo de 200 metros da divisa entre RPPN e a área de agricultura, onde o tornado perdeu força ou sofreu um desvio para fora da mata. As gigantescas araucárias da RPPN, que podem ter mais de 500 anos, estão fora desta faixa e nenhuma sofreu qualquer dano.

RPPN das Araucárias Gigantes. É possível ver os estragos do tornado na parte superior, do centro para a esquerda. Neste local foi atingida uma área aproximada de 1 hectare. As araucárias que aparecem nesta imagem têm cerca de 50 metros de altura. Clique sobre a imagem para ampliar
A Elza e eu chegamos para ver o estrago na RPPN três dias depois. De longe parecia que não era tão grave como nos informaram. Achamos que somente algumas árvores da borda tiveram as copas arrancadas. Quando entramos na área, que era de mata primária, ficamos assustados com o cenário de destruição. Parecia que uma roçadeira gigantesca passou por ali. Não conseguíamos se deslocar de tantos galhos enormes caídos, das copas inteiras das árvores, das quais restaram apenas os troncos. Conseguimos reconhecer algumas das árvores que foram marcantes, como de uma espécie rara que só recentemente conseguimos identificar. No meio dos escombros conseguimos localizar um exemplar de CANELA-SASSAFRÁS (Ocotea odorifera), espécie ameaçada de extinção, que costumamos mostrar para os visitantes. Graças a Deus que a 50 metros da borda não teve destruição, a mata permaneceu intacta. No entanto, descobrimos mais tarde que outra parte de mata secundária da RPPN foi também duramente atingida (veja imagem acima).
 
Este é o terceiro evento climático extremo que atinge a região em três anos e meio. A mata ainda estava se recuperando da nevasca ocorrida no dia 22 de julho deste ano e do vendaval e granizo do dia 16 de julho de 2009. Se estes eventos continuarem ocorrendo com esta freqüência teremos impactos significativos sobre as últimas áreas bem preservadas de Mata Atlântica e as atividades de agricultura poderão ficar inviabilizadas. Não há nada que se possa fazer diante da poderosa força destruidora destes fenômenos, a não ser rezar como fizeram os agricultores durante os longos vinte minutos em que estiveram com suas vidas em jogo dentro de suas casas sacudidas pela força dos ventos.



Exemplar gigantesco de canela-bugia (Ocotea nectandrifolia) derrubada pelo tornado do dia 14/12/2013 na RPPN das Araucárias Gigantes, em Itaiópolis (SC)
Borda da RPPN das Araucárias Gigantes, em Itaiópolis (SC), atingida pelo tornado. Clique sobre a imagem para ampliar
Pinheiros (araucárias) em frente da residência do agricultor Elcio Glovacki tiveram as copas decepadas pelo tornado. Clique sobre a imagem para ampliar
Copada de uma das araucárias da imagem acima foi parar no meio de uma plantação de tabaco. Clique sobre a imagem para ampliar
Elza  Nishimura Woehl junto a uma CANELA-SASSAFRÁS (Ocotea odorifera), espécie ameaçada de extinção, derrubada pelo tornado que atingiu uma das partes mais preservadas da RPPN das Araucárias Gigantes, em Itaiópolis (SC). Clique sobre a imagem para ampliar
CANELA-SASSAFRÁS (Ocotea odorifera), espécie ameaçada de extinção, derrubada pelo tornado que atingiu uma das partes mais preservadas da RPPN das Araucárias Gigantes, em Itaiópolis (SC). Clique sobre a imagem para ampliar
Tornado destruiu parcialmente a estufa de secagem de tabaco de Elcio Glovacki, integrado da Souza Cruz. Clique sobre a imagem para ampliar
Plantação de tabaco arrasada pelo tornado. Foi próximo neste local que o tornado tocou o solo pela primeira vez. Clique sobre a imagem para ampliar
Casa de madeira destruída pelo tornado. Clique sobre a imagem para ampliar
Reflorestamento de Eucalipto no entorno da RPPN das Araucárias Gigantes atingido pelo tornado. Foram derrubadas 53 árvores neste local. Clique sobre a imagem para ampliar

sábado, 14 de dezembro de 2013

Fundador do Instituto Rã-bugio ganha prêmio da Sociedade Brasileira de Zoologia


PERERECA-VERDE (Aplastodiscus ehrhardti) uma das riquezas da biodiversidade da Mata Atlântica. Clique sobre a imagem para ampliar
A Sociedade Brasileira de Zoologia (SBZ), sediada no Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná, que congrega pesquisadores brasileiros da área de zoologia, agraciou o ambientalista catarinense Germano Woehl Junior com o Prêmio “Novaes Ramires: Destaque Individual em Conservação”.

Este prêmio é destinado ao indivíduo que ao longo de sua trajetória como cidadão e/ou profissional tenha desenvolvido conjunto de atividades com impacto significativo para a conservação da natureza.

A indicação ao prêmio foi feita por pesquisadores da área e julgamento da diretoria da SBZ que concedeu o prêmio pelo reconhecimento das iniciativas em prol da natureza de Germano e sua esposa Elza Nishimura Woehl, como a criação da ONG, Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade, com sede em Jaraguá do Sul (SC).

Nas atividades de educação ambiental o Instituto Rã-bugio já atendeu cerca de 60 mil estudantes e 3100 professores em trilhas interpretativas da Mata Atlântica. O casal adquiriu e transformou em RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) 856 hectares de Mata Atlântica bem preservada, que foi comprada aos poucos para salvá-la do desmatamento, sendo que uma parte foi adquirida com ajuda de doadores.

Além destas ações, o casal conseguiu captar recursos por meio de doações de pessoas físicas, patrocínio de empresas e apoio da Prefeitura de Jaraguá do Sul e construiu um centro da natureza, o Centro Interpretativo da Mata Atlântica, na Serra do Mar, em Jaraguá do Sul (SC), com toda a infraestrutura para atender as escolas nas atividades em trilhas onde é proporcionado o contato com a natureza das crianças e adolescentes para eles valorizarem as áreas naturais e aprenderem sobre a biodiversidade no próprio hábitat.

A premiação será entregue na cerimônia de abertura do XXX Congresso Brasileiro de Zoologia a ser realizada em Porto Alegre no dia 04 de fevereiro de 2014, às 18h. A família Novaes Ramires, que dá nome ao prêmio, fará uma doação em dinheiro como complementação à premiação.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Uso ilegal de agrotóxico causa impacto na Mata Atlântica

Efeito do herbicida GAMIT 500 na vegetação do sub-bosque da RPPN das Araucárias Gigantes, em Itaiópolis, Santa Catarina. A planta que teve as folhas esbranquiçadas é uma muda da árvore MARIA-MOLE (Rudgea sessilis). Repare as mudas em volta também ficaram com as folhas esbranquiçadas. Foto em 16/11/2013, 45 dias após a aplicação do GAMIT 500. Clique sobre a imagem para ampliar

Muitos acham que o impacto direto do uso de agrotóxicos fica restrito às áreas de agricultura onde são aplicados e nos produtos agrícolas, como os cereais e as hortaliças, que consumimos. Eu também pensava assim até conhecer os terríveis impactos de um herbicida chamado GAMIT 500, usado nas plantações de tabaco, no entorno da RPPN das Araucárias Gigantes, em Itaiópolis (SC).

Após
este herbicida ser aplicado diretamente no solo, a substância ativa clomazone, que é muito volátil, evapora rapidamente e se espalha pelo interior da mata a distâncias de centenas de metros, deixando as plantas nativas, principalmente do sub-bosque, com folhas esbranquiçadas, sintoma conhecido como clorose*, como pode ser visto nas imagens. Algumas espécies de árvores da Mata Atlântica, como CEDRO-ROSA Cedrela fissilis, AÇOITA-CAVALO Luehea divaricata e MARIA-MOLE Rudgea sessilis, são as mais sensíveis. As mudas destas espécies geralmente morrem.

Outra imagem das folhas esbranquiças da vegetação do sub-bosque da RPPN das Araucárias Gigantes, em Itaiópolis (SC), devido à ação do herbicida GAMIT 500 aplicado em uma plantação de tabaco do entorno. Foto em 16/11/2013. Clique sobre a imagem para ampliar
Os pomares das residências num raio de até 800 metros também são muito afetados, principalmente os pés de laranja, caqui e jabuticabeiras. Mudas novas, não se recuperam. Frutos das laranjeiras em formação são abortados instantaneamente.

Existe uma formulação mais diluída do produto e uma tecnologia que torna a substância ativa clomazone menos volátil, que é o GAMIT 360 CS, que não causa tanto impacto quanto o GAMIT 500, com a formulação mais concentrada (500 gramas da substância ativa clomazone por litro) e muito volátil (evapora rapidamente e se espalha para o ambiente). O Estado do Paraná proibiu o uso do GAMIT 500. As companhias de tabaco recomendam para seus integrados que utilizem somente o GAMIT 360 CS, mais seguro.

Geralmente os integrados obedecem à orientação das companhias de tabaco, que os estimulam a adotarem as práticas corretas remunerando melhor a produção para aqueles que seguem as orientações, que ganham até notebooks. Existe uma classificação para os fumicultores, onde o nível A é o topo, o fumicultor integrado nota 10 da companhia de tabaco. Porém nesta questão ambiental há uma distância enorme entre o discurso das companhias e o que o ocorre nas propriedades.

Apenas um fumicultor do entorno da RPPN usa todos os anos este terrível GAMIT 500 e, pasmem, ele está classificado como integrado nível A de uma companhia de tabaco. Todos os demais fumicultores usam o herbicida com a formulação diluída, mais seguro, o GAMIT 360 CS. Eu constatei pessoalmente que esta formulação diluída não deixa as folhas esbranquiçadas das plantas no interior da mata.

Algumas plantas como esta muda de MARIA-MOLE Rudgea sessilis do sub-bosque da RPPN das Araucárias Gigantes são mais sensíveis à ação do GAMIT 500, herbicida aplicado ilegalmente em uma plantação de tabaco do entorno. Foto em 16/11/2013.  Clique sobre a imagem para ampliar

Eu nunca tinha visto um efeito do GAMIT 500 tão devastador como neste ano de 2013. Fiquei chocado ao ver a vegetação tão esbranquiçada. Árvores frondosas com a totalidade das folhas esbranquiçadas, isto é, sem clorofila para realizarem a fotossíntese (as folhas nesta situação caem logo em seguida). Não sobrou uma laranja sequer nos pomares dos moradores do entorno. As fotos desta postagem foram tiradas 45 dias depois, quando não havia mais vestígios da vegetação morta. É provável que neste ano ele aplicou o GAMIT 500 em um dia ensolarado, muito seco e com muito vento que aumentou a evaporação e a deriva.
Efeito do GAMIT 500 em um pé de laranja jovem do pomar de uma residência próxima da plantação de tabaco onde o herbicida foi aplicado. Nesta propriedade todos pés de laranja tiveram a totalidade de seus frutos em formação abortados. Não haverá laranja no ano que vem. Foto em 16/11/2013.  Clique sobre a imagem para ampliar
Eu tentei entender porque este fumicultor, integrado classe A, que tem a disposição alternativas mais segura para todos e tantos alertas, persiste em usar a formulação concentrada do herbicida, o GAMIT 500, que o próprio fabricante adverte que é muito perigoso para a saúde, que exige uma série de cuidados na aplicação, como por exemplo não pode ser usado a menos de 800 das matas nativas e pomares e que após a aplicação ninguém pode entrar na lavoura durante 24 horas. Ocorre que tem uma residência com três crianças a 5 metros da lavoura, do outro lado da estrada, onde ele aplicou o veneno. Ou seja, estas crianças vivem praticamente dentro da plantação de tabaco do integrado nível A.

O preço, obviamente, é uma das razões. Por incorporar a tecnologia que reduz consideravelmente a volatilidade, o GAMIT 360 CS é 50% mais caro do que o GAMIT 500. O GAMIT 360 CS custa R$ 50,00 o litro, enquanto o GAMIT 500 custa R$ 33,00 o litro. A quantidade utilizada, recomendada pelo fabricante
para o GAMIT 360 CS, pode chegar até a 3 litros por hectare. As lavouras de fumo ocupam área pequenas, em média 3,7 hectares. Então, este fumicultor deve ter economizado R$ 150,00 por ter optado pelo herbicida mais nocivo à saúde.

Outra explicação que me deram é que a formulação concentrada do herbicida, o GAMIT 500, é mais eficaz em exterminar de qualquer ser vivo do reino vegetal, plantas e sementes. Alguns dias após a aplicação do herbicida sobre a terra nua, as mudas de tabaco podem ser transplantadas e planta cresce e se desenvolve sem a competição de qualquer matinho até a colheita das folhas. Já a formulação diluída e menos volátil do herbicida, o GAMIT 360 CS, que é mais segura para saúde das pessoas e para a natureza, permite que um matinho ou outro germine durante o desenvolvimento do tabaco, necessitando, às vezes, de uma leve capina com enxada, em algumas partes. Um serviço simples e rápido, que não demanda muita mão-de-obra.

A situação da Mata Atlântica é grave e neste momento crucial para salvar as poucas áreas que restam, as companhias de tabaco poderiam ser grandes aliadas se na relação com seus integrados a questão de proteger a Mata Atlântica entrasse também como condicionante, mas lá na propriedade do integrado e não apenas nas notas divulgadas para a imprensa e nas promessas para autoridades. Creio que não é muito difícil chegar para este integrado nível A e dizer: “Olha, se você aplicar novamente o GAMIT 500 na safra de 2014 vamos rebaixá-lo para o nível B e pegar de volta o notebook”. Garanto que uma medida desta seria eficaz para resolver o problema.

*A clorose, em botânica, é a condição de uma planta, em que as suas folhas não produzem suficiente clorofila. As folhas apresentam uma coloração diferente da normal: verde pálido ou amarelado. Pode provocar a morte da planta devido à menor capacidade desta produzir carboidratos.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Projeto de Educação Ambiental do Instituto Rã-bugio na RIC TV Record SC - Programa Caminhos da Natureza

Estudante da E.E.B. Euclides da Cunha, de Jaraguá do Sul (SC), em atividades interativas do projeto de Educação Ambiental do Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade, no dia 26/10/2009

A RIC TV Record – Santa Catarina apresentou no domingo do dia 24/11/2013, o programa Caminhos da Natureza com o projeto de Educação Ambiental do Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade que proporciona aos estudantes (crianças e adolescentes) o contato com a natureza através de atividades interativas nas trilhas do Centro Interpretativo da Mata Atlântica.

Clique aqui para assistir ao vídeo do Programa Caminhos da Natureza com a matéria.

A falta de contato com a natureza gera transtornos de comportamento nas crianças

A importância do nosso projeto de Educação Ambiental nas escolas com atividades ao ar livre em trilhas interpretativas




Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade
Jaraguá do Sul – SC


Acompanhe nosso trabalho de Educação Ambiental nas escolas públicas para salvar a MATA ATLÂNTICA no FACEBOOK
http://www.facebook.com/pages/Ra-bugio-Salve-a-Natureza/139773049407363


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Estudantes de Curitiba atendidos nas trilhas do Centro Interpretativo da Mata Atlântica

Estudante Isabela Kaiser, 11 anos, nas trilhas do Centro Interpretativo da Mata Atlântica durante entrevista para Rede Record de TV. Clique sobre a imagem para ampliar.

Nos dias 28 e 29 de outubro de 2013 atendemos na trilha do Centro Interpretativo da Mata Atlântica 80 estudantes e 5 professores de Curitiba, do Colégio Curitibano Adventista Bom Retiro. Eles viajaram 176 km, que é a distância entre Curitiba e Jaraguá do Sul.

Foi proporcionado a estes alunos e professores muito motivados o contato com a natureza da Serra do Mar, onde a Mata Atlântica exibe sua maior riqueza de biodiversidade. Sempre muito curiosos e interessados em tudo, puderam observar várias espécies de anfíbios que eram encontrados na trilha, além de outros animais e plantas típicas deste ecossistema.

Os estudantes tinham idade entre 10 e 12 anos e demonstraram ter bons conhecimentos sobre os problemas ambientais, como perda de habitat, ameaça aos ecossistemas de plantas invasoras. Eu, particularmente, fiquei muito impressionado com o excelente nível de educação destes adolescentes. Estão sendo muito bem preparados para o futuro.

Acompanhei as entrevistas que alguns deram para o repórter da Rede Record que estava no dia 28 gravando uma matéria de TV sobre nosso projeto de educação ambiental. Responderam com grande desenvoltura às perguntas do repórter sobre o aprendizado que estavam tendo na trilha interpretativa e dos problemas ambientais da humanidade.

Tivemos uma satisfação muito grande em atende-los e com certeza será muito importante para a formação deles a experiência fascinante que vivenciaram nas trilhas do Centro Interpretativo da Mata Atlântica.

Contato com a natureza: Estudantes do Colégio Curitibano Adventista Bom Retiro de Curitiba nas atividades de educação ambiental na trilha do Centro Interpretativo da Mata Atlântica, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina.
Clique sobre a imagem para ampliar.

domingo, 20 de outubro de 2013

Menina de 9 anos criou ONG para salvar os sapos nos Estados Unidos

Estudantes de Joinville em atividades interativas do projeto de Educação Ambiental do Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade
Estudante da E.E.B. Euclides da Cunha, de Jaraguá do Sul (SC), em atividades interativas do projeto de Educação Ambiental do Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade, no dia 26/10/2009
Os norte-americanos foram pioneiros na criação de ONGs, no século 19. A primeira ONG ambientalista, Sierra Club, foi criada em 1892 pelo filósofo e escritor John Muir e amigos, com a missão de "fazer algo pelas terras selvagens e alegrar as montanhas".

Esta tradição os tornaram muito profissionais e estratégicos na captação de recursos e na gestão das ONGs que criam. Faz parte da cultura norte-americana incentivar e apoiar estas iniciativas e, por isso, os norte-americanos são muito generosos nas doações para estas ONGs cumprirem sua missão.

Em 2010, com apenas 9 anos de idade, a norte-americana Avalon Theisen criou uma ONG Conservação da Natureza Conserve It Forward, Inc. para promover a educação ambiental usando os sapos como bandeira. Esta iniciativa, como não poderia ser diferente, teve um enorme apoio da sociedade norte-americana. Ela ganhou vários prêmios e teve muito destaque na mídia nos Estados Unidos.

A missão da ONG e estratégias são muito parecido com o que fizemos no Brasil há 16 anos. A ONG Instituto Rã-bugio p/Conservação da Biodiversidade foi criada em 2003, mas nosso projeto de educação ambiental começou 6 anos antes.
 

Avalon Theisen deve ter 12 anos agora. Seu empenho em prol da causa pode ser visto neste vídeo que ela gravou recentemente para propaganda de outra ONG norte-americana dedicada aos anfíbios que foi criada no final de 2008, Save the Frogs (Salve os Sapos)


Conserve It Forward, Inc.
Our Mission: To promote environmental education, awareness and action that benefits both the natural world and people, inspiring youth and communities to Conserve It Forward

Sobre Avalon Theisen

http://www.conserveitforward.org/page25.html

http://www.kidsareheroes.org/heroes/Avalon-Theisen.htm

http://conserveitforward.wordpress.com/tag/avalon-theisen/


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Matéria no New York Times


Video da matéria feito na NICARÁGUA - Veja a logo do Banco HSBC (que já patrocinou nossas ações, através do Portal Social da Fundação do Grupo RBS-TV) na entrada reserva da Nicarágua

01/05/2013
Young Movers, With a Passion for Change
By DAVID BORNSTEIN
(Autor do Livro: Como Mudar o Mundo – Empreendedorismo Social e o Poder de Novas Idéias)

Which is why I’m reporting today on the polar opposite of terrorism: the inaugural Peace First Prize — a new award, introduced by a Boston-based organization, to recognize young people the group identifies as “peacemakers”: people in the United States from the ages of 8 to 22 who engage in courageous, compassionate and collaborative actions to make their communities stronger, safer and better over the long term.

Young peacemakers are deepening our appreciation of the environment. At age 9, Avalon Theisen founded Conserve It Forward, and for the past three years she has been teaching others about habitat loss and conservation through class presentations, interactive booths at parks, zoos and community gatherings, and other outreach efforts. (Avalon is particularly compelling when she talks about frogs, and the importance of saving them.)
 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

GAVIÃO-DE-PENACHO Spizaetus ornatos ameaçado de extinção


 

GAVIÃO-DE-PENACHO - Jovem
Spizaetus ornatos


Família: Accipitridae
Nome em Inglês: Ornate Hawk-Eagle


Fotografado em 12/08/2013 na RPPN Odir Zanelatto (cabeceiras do rio Itajaí) - em Itaiópolis - Santa Catarina

Está na lista oficial do IBAMA como espécie ameaçada de extinção na Mata Atlântica. Esta espécie se reproduz a cada três anos e tem apenas 1 filhote, por isso está muito ameaçada de extinção.

Mais informações na página da espécie, clique aqui

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Fotografado o GATO-MOURISCO muito raro na Mata Atlântica.

GATO-MOURISCO fotografado na manhã do dia 19/08/2013 pela câmera de trilha na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis, Santa Catarina. Clique sobre a imagem para ampliar.
Na manhã do dia 19/08/2013, às 08h13min, os sensores da câmera de trilha (Bushnell modelo 119440) detectaram na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC), um raríssimo felino da Mata Atlântica:

GATO-MOURISCO ou JAGUARUNDI (Puma yagouaroundi)

Outros nomes populares: gato-preto, maracajá-preto

Sinônimos: 
Herpailurus yagouaroundi, Puma yaguarondi, Felis yagouaroundi

Ameaças
Estudos científicos recentes revelam que a espécie tornou-se muito rara e a destruição de hábitats é a principal causa de ameaça de extinção (Caso et al. 2008). A perda de habitats tem um impacto negativo sobre a sua probabilidade de ocorrência (Michalski & Peres 2005). Além disso, o pouco conhecimento sobre a biologia desta espécie limita a possibilidade de estratégias de conservação eficazes. É uma das espécies de felinos com maior deciência de dados, tanto relacionados com a biologia da espécie e padrão de distribuição geográfica, quanto com a sua atual situação de densidade populacional (Sunquist & Sunquist, 2002)

Mais informações sobre o GATO-MOURISCO estão neste link

Referências
Caso, A., Lopez-Gonzalez, C., Payan, E., Eizirik, E., de Oliveira, T., Leite-Pitman, R., Kelly, M., & Valderrama, C. (2008). Puma yagouaroundi. In: IUCN 2010. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2010.2.

Michalski, F., & Peres, C. A. (2005). Anthropogenic determinants of primate and carnivore local extinctions in a fragmented forest landscape of southern Amazonia. Biological Conservation, 124, 383-396.

Sunquist, M.; Sunquist, F. 2002. Wild Cats of the World. University of Chicago Press. 1st Editon.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A surpreendente biodiversidade da Mata Atlântica na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí

ARAÇARI-POCA (Selenidera maculirostris), ave da família dos tucanos (Ramphastidae) uma das riquezas da biodiversidade que encontramos pela primeira vez na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis, Santa Catarina. É uma fêmea. Clique sobre a imagem para ampliar
No dia 14/08/2013, Elza e eu vimos um tucaninho se alimentando dos frutos de um mandioqueiro ou pau-mandioca (Schefflera morototoni) árvore típica da Mata Atlântica na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis, Santa Catarina. Não me interessei muito em fotografá-lo porque estava distante e já tenho centenas de fotos do tucaninho (araçari-banana).

Logo que fiz as primeiras fotos (ver no link abaixo), percebi que tinha as cores diferentes do araçari-banana (Pteroglossus bailloni). Agora, fiquei surpreso ao descobrir que é outra espécie araçari.

Nome Popular: ARAÇARI POCA
Nome Científico: Selenidera maculirostris

A Elza sugeriu não levarmos o tripé naquele dia (para filmagens) porque iríamos até a pedreira ver o estrago na mata causado pela neve (16 quilômetros de caminhada - percurso ida e volta) - ficamos muito arrependidos por não termos feito um vídeo da cena. No entanto, fizemos várias fotos que podem ser vistas clicando neste link da página do ARAÇARI-POCA

É nossa ave de numero 240 encontrada na RPPN (tem muito mais) até esta data, 20/08/2013, sendo que temos agora 4 espécies de tucanos na RPPN (registrados por meio de fotos).



Percebam como é importante salvar estas matas preservadas. Compensa todo nosso esforço em salvá-las para as gerações futuras (o desmatamento é intenso na região). Quero ver encontrar toda esta riqueza de biodiversidade em uma mata secundária, em um plantio de mudas de árvores.
ARAÇARI-POCA (Selenidera maculirostris) se alimentando dos frutos de um pau-mandioca (Schefflera morototoni) na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis, Santa Catarina. Clique sobre a imagem para ampliar


Araçari-poca (Selenidera maculirostris) morto por caçadores presos pela Polícia Ambiental de Joinville

Esta imagem do ARAÇARI-POCA foi fornecida pela Polícia Ambiental de Joinville. Foi apreendido com quatro caçadores presos em flagrante no dia 15/06/2013. Eles estavam caçando na Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra Dona Francisca, na Serra do Mar de Joinville e montaram um acampamento onde a Policia Ambiental os pegou em flagrante com outros animais silvestres abatidos, duas pacas e um quati. Eles portavam 3 espingardas e muita munição para armas de vários calibres (12, 20, 28 e 32), além de armadilhas (arapucas e canhãozinho) para capturar animais. Clique sobre a imagem para ampliar

domingo, 11 de agosto de 2013

Destruição da Mata Atlântica pela neve em Santa Catarina

Matas secundárias duramente atingidas pela nevasca em Santa Catarina. Local: RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC). Foto 09/08/2013. Clique sobre a imagem para ampliar
Nesta primeira semana de agosto de 2013 percorremos algumas partes da RPPN das Araucárias Gigantes e RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC),  para verificarmos e registrarmos os estragos na mata causados pela nevasca ocorrida na noite do dia 23/07/2013 (veja as fotos da neve na matéria Neve e chuva congelada arrasaram a Mata Atlântica em Santa Catarina)

A destruição foi maior do que imaginamos. É difícil quantificar a tragédia, mas pudemos constatar que as espécies de árvores pioneiras foram as mais duramente atingidas. Nos 4 quilômetros da trilha da pedreira, traçado de uma estrada abandonada, na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, constatamos que em torno de 20% das árvores pioneiras, (árvores moles de crescimento rápido, como vassourão e maria mole) tombaram e quase todas as remanescentes perderam parte dos galhos. Foram consumidas várias horas de motosserra para reabrir a trilha usada para fiscalização da RPPN.


É um impacto considerável nesta parte da RPPN haja vista esta área ao longo da trilha está em processo de regeneração, mas é colonizada por bambuzais (taquara-lixa, taquara-lambedora e carazeiro) que agora sem a competição por luz com as árvores aniquiladas pela neve vão ganhar força para sufocar ainda mais o restante da vegetação, impedindo a regeneração de novas árvores e arbustos e empobrecendo a biodiversidade. Muitas clareiras foram abertas.

O que mais nos entristeceu foi a destruição na mata primária da RPPN, nas áreas onde nunca houve extração de madeira. Encontramos várias clareiras abertas, com até meio hectare, causadas pela queda de árvores centenárias em efeito dominó. Observamos casos onde uma árvore gigantesca tombada na borda da chapada foi derrubando outras em efeito dominó até o fundo do vale do rio do couro, numa distância estimada superior a 300 metros. É normal encontrar uma ou outra árvore centenária caída no meio da floresta primária, afinal as árvores morrem um dia, mas não tantas ao mesmo tempo. 

Mata primária às margens do rio do Couro na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC). Foto 05/08/2013. Clique sobre a imagem para ampliar
Caminhamos cerca de 2 quilômetros (calculado com o Google Earth) pelo rio do Couro e contamos 16 árvores de grande porte tombadas sobre o rio ou nas margens. Não contabilizamos as centenas de árvores pequenas que também tombaram sobre o rio (veja nas imagens). Destas 16 árvores de grande porte que tombaram, 13 eram MARIA-PRETA (Diatenopteryx sorbifolia) , uma GUABIROBA (Campomanesia xanthocarpa), uma CANJARANA (Cabralea canjerana) e outra que não soubemos identificar. As consequências desta enorme quantidade de árvores tombadas sobre o rio do Couro serão graves quando ocorrerem chuvas fortes. Haverá represamento do rio em vários pontos e a formação de “cabeças d´água”, ou seja, as represas enchem e estouram em seguida arrebentando a mata ciliar.

Na parte da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí que fica mais próxima ao rio Itajaí não aconteceu praticamente nada, os impactos foram mínimos mesmo nos locais de matas secundárias (estágio avançado de regeneração, matas com 40 anos), como na RPPN Raso do Mandi. Ali, caiu neve também, mas foi de baixa intensidade, de acordo com as informações dos agricultores.

Em uma floresta tropical, como a Mata Atlântica, é difícil quantificar o impacto pelo número de árvores tombadas ou galhos quebrados, por exemplo. Os estragos que verificamos na mata primária são parecidos com aqueles provocados pela extração de madeira (o abate de uma árvore derruba várias outras no entorno) e pode levar no mínimo 300 anos para a floresta ficar como estava no dia anterior da nevasca, 23/07/2013, que é o tempo necessário para as árvores atingirem o porte das que foram derrubadas e cumprirem a mesma função ecológica, caso as clareiras abertas não sejam colonizadas pelos taquarais (bambuzais) e pela uva-do-japão ou pé-de-galinha (Hovenia dulcis). No caso das matas secundárias atingidas, caso seja possível a regeneração, este tempo deverá ser de 40 ou 50 anos.

Na visita feita em vários pontos dos 860 hectares das RPPNs pode-se concluir que na mata primária os danos foram pequenos e nas matas secundárias (que foram desmatadas nos últimos 50 anos e se regeneraram espontaneamente) os danos foram consideráveis. Os dois vendavais fortes que ocorreram nos últimos anos também causaram danos mínimos nas matas primárias e danificaram bastante as matas secundárias.

Percebe-se, então, que as matas secundárias são mais vulneráveis aos eventos climáticos extremos e estão condenadas a permanecerem eternamente em estágio médio de regeneração se estes eventos tornarem-se frequentes. Consequentemente todo o esforço da sociedade brasileira deve ser empreendido para salvar as matas primárias do desmatamento que concentram uma grande riqueza de biodiversidade e, aparentemente, são imunes aos eventos climáticos extremos.
 

Destruição no rio Couro (Clique sobre as imagens para ampliar)

Centenas de árvores de pequeno porte tombaram sobre o rio do Couro na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí. Clique sobre a imagem para ampliar








GUABIROBA (Campomanesia xanthocarpa) que tombou às margens do rio do Couro na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí. Clique sobre a imagem para ampliar







Árvore centenária que tombou sobre o rio do Couro ao lado de uma caverna na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí. Clique sobre a imagem para ampliar


Efeito dominó: A árvore da borda da chapada tombou e foi derrubando as outra até o fundo do vale do rio do Couro na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí. Clique sobre a imagem para ampliar

Destruição na trilha da Pedreira (Clique sobre as imagens para ampliar)







A maioria das árvores pioneiras teve parte dos galhos quebrados devido ao peso da neve acumulada. Clique sobre a imagem para ampliar
Estrada da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí ficou obstruída pelas várias árvores que tombaram devido ao peso da neve. Clique sobre a imagem para ampliar


Destruição na RPPN das Araucárias Gigantes (Clique sobre as imagens para ampliar)


Restou apenas o tronco de uma árvore de grande porte na RPPN das Araucárias Gigantes. Clique sobre a imagem para ampliar

Gigantesco exemplar de ARAÇA-PITANGA que teve o tronco quebrado devido ao peso da neve na RPPN das Araucárias Gigantes. Clique sobre a imagem para ampliar

Vista da paisagem de uma área da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí revela a destruição
Vista de uma área da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí onde no início dos anos 80 ocorreu extração de madeira permite estimar o dano provocado pela nevasca. As imagens abaixo mostram alguns detalhes da destruição Clique sobre a imagem para ampliar