Em Houston, Texas (EUA), os museus ficam concentrados num único setor da cidade e nós moramos neste distrito dos museus. O museu de ciências naturais, que visitamos no início do mês passado, fica ao lado do museu de artes, The Museum of Fine Arts, Houston (MFAH).
Este museu de artes de Houston está entre os 10 maiores dos Estados Unidos em número de visitante, 1,25 milhões de visitantes anualmente. Começou em 1924 e até 2010 a coleção tinha 64 mil obras de artes dos últimos 6.000 anos da historia da humanidade. Recebe 1 bilhão de dólares em doações por ano. O custo operacional (manutenção) é 62 milhões de dólares por ano. O diretor que morreu em 2010 recebia um salário anual de 1 milhão de dólares (mas captava de doadores 1 bilhão de dólares por ano).
Às quintas-feiras MFAH tem entrada gratuita, patrocínio da Shell. Descobri isso porque passo em frente todos os dias e vi o cartaz: “FREE on Thursdays”. Neste dia o horário de funcionamento do museu se estende até às 21 h. Nos outros dia fecha às 15 h.
Na quinta-feira do dia 20/11/2014, após o expediente na Rice University, fomos visitar este museu que tantos comentam que é coisa do outro mundo. E é mesmo.
Ficamos impressionados com a quantidade de obras de artes. Eles têm obras de arte cujas fotos ilustraram os livros de didáticos que a gente usou no ensino básico e médio. Eles têm obras da antiga Grécia. Vimos a estátua de Afrodite (veja as fotos). Do antigo Egito tem centenas de obras. Acho que deve ter mais de uma tonelada em ouro das obras da América pré-colombiana. Quase todas estas obras são doações de colecionadores milionários norte-americanos e também de fundações que compram a obra para doar ao museu. Tem dezenas de sapinhos em ouro maciço da civilização moché (Peru), que prosperou durante o período do ano 100 BC (antes de Cristo) a 800 AD e desapareceu devido a problemas ambientais (hipótese defendida por muitos pesquisadores).
Ficamos quase 3 horas no museu e não conseguimos ver tudo. A gente cansa mais do que ficar andando no mato o dia todo. A bateria da câmera acabou quando nem tínhamos visto a metade das obras (pode fotografar sem flash). São labirintos de salões enormes distribuídos em dois prédios, que estão conectados por túneis, porque uma avenida separa os dois prédios que ocupam uma quadra inteira cada um, com 3 andares incluindo o subsolo, mas com um pé direito que deve ter mais 20 metros cada andar.
O cuidado com as obras de arte é muito grande. Cada sala tem um guarda vigiando. Quando se entra em uma sala e não tem ninguém, em questão de segundos já aparecem os guardas. O valor destas 64 mil obras de arte deve valer alguns bilhões de dólares.
Afrodite foi uma das mais famosas criações do escultor
ático Praxíteles (século IV a.C.). A estátua tornou-se famosa por sua beleza e
feita para ser apreciada de todos os ângulos. Foi uma das primeiras
representações de uma deusa completamente nua. Ela foi retratada no momento em
que se despiu ao se preparar para um banho. A estátua original de Praxiteles
foi destruída em um incêndio no ano 476 A.D. mas um pequeno número de cópias
perfeitas de Afrodite foram preservadas. Esta do museu de artes de Houston (The
Museum of Fine Arts, Houston, MFAH) é uma das cópias e foi esculpida em mármore
(e polida) entre no primeiro século B.C. e o primeiro século A.D, no final do
período Hellenistic ao início do período Romano. No braço esquerdo ela usa um
bracelete que imita metal com uma pedra preciosa.Foi adquirida pelo MAFH
através dos recursos doados pela Caroline Law Foundation e de um evento
promovido pelo museu.
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IBIS. Obra egípcia feita em bronze e madeira entre 2700 e 2300 anos atrás (664 – 332 BC),
26ª e 30ª Dinastia.
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