A maioria das pessoas já deve ter ouvido que as plantas e animais invasores (exóticos, isto é, trazidos de outros lugares) são a segunda causa de perda de biodiversidade, só perdendo para o desmatamento.
Eu já li bastante sobre o assunto, assisti vários documentários sobre a terrível situação de plantas invasoras em áreas protegidas de ecossistemas pelo mundo afora e achava que este era um problema distante do Brasil, que não nos atingia. Pensava isso até conhecer o poder de invasão e de destruição da Mata Atlântica de duas plantas invasoras: da árvore pé-de-galinha ou uva-do-japão (Hovenia dulcis) e do lírio-do-brejo (Hedychium coronarium)
A árvore exótica invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis) é nativa do Japão, leste da China, Coréia até a cordilheira do Himalaia (em altitudes abaixo de 2000 m). Cresce em áreas abertas de solos úmidos arenosos ou argilosos. A árvore foi introduzida como uma árvore ornamental no Brasil e em Santa Catarina para produção de lenha nas propriedades rurais, mas não foi aprovada pelos agricultores.
Os frutos do pé-de-galinha (Hovenia dulcis) são muito saborosos e apreciados por toda a fauna de aves e mamíferos, que se banqueteiam ao redor da árvore na época em que os frutos amadurecem. Quando eu era criança também gostava de comer “pé-de-galinha”, denominação que usamos em Santa Catarina, mas não tinha como saber naquela época que se tratava dos frutos de uma árvore tão perigosa para a Mata Atlântica.
Frutos da árvore exótica e invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis), também conhecida como uva-do-japão.
Por ser muito doce, parece que os animais silvestres (aves e mamíferos) preferem esses frutos importados aos nativos. Na RPPN há uma oferta de uma grande diversidade de frutos das árvores da Mata Atlântica que chegam a forrar o chão e apodrecer na mesma época, mas os habitantes da floresta preferem consumir a importada, os frutos do pé-de-galinha, mesmo correndo o risco de serem abatidas a tiros ou caírem em armadilhas quando freqüentam as propriedades do entorno.
Frutos em desenvolvimento da árvore exótica e invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis)
Esta concorrência, muito desleal, é um problema que desencadeia outro, com graves consequências futuras. A fauna dissemina milhares de sementes para o meio da mata nativa preservada e ao longo dos anos as árvores nativas vão perdendo espaço ao serem substituídas pelo pé-de-galinha (Hovenia dulcis), que pode fornecer frutos para alimentar a fauna somente durante duas ou três semanas - ao contrário da diversidade de árvores da Mata Atlântica que fornece frutos o ano todo.
Já o arbusto lírio-do-brejo (Hedychium coronarium), originário da região da Ásia tropical, foi trazida para o Brasil como planta ornamental especialmente por causa do perfume muito agradável exalado de suas flores brancas. Como o nome diz, esta planta se desenvolve bem em áreas úmidas. Necessita também de muita luz, ou seja, só desenvolve em áreas abertas.
Lírio-do-brejo (Hedychium coronarium), planta invasora que está substituindo a vegetação nativa das ilhas e margens do rio do Couro (afluente do rio Itajaí), na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC). Clique sobre a imagem para ampliar
Na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC), o lírio-do-brejo (Hedychium coronarium) está colonizando todas as margens e ilhas do rio Itajaí e de seu afluente, rio do Couro. Estimamos que o custo para remoção (mecânica, de arrancar com as mãos) desta planta invasora seja na ordem de milhões de Reais, porque teria que exterminá-las em toda a bacia hidrográfica, não apenas dentro da RPPN porque as mudas e sementes se propagam facilmente nas enxurradas.
Obviamente que não dispomos recursos para bancarmos sozinhos a solução deste problema do lírio-do-brejo (Hedychium coronarium). Então, decidimos atacar o problema das plantas invasoras na RPPN começando pelas espécies que eu imaginava mais fáceis de serem removidas, como a árvore pé-de-galinha (Hovenia dulcis).
O grande estímulo para esta preocupação com as plantas invasoras veio do Programa Desmatamento Evitado (PDE) da SPVS , de Curitiba, que ampliou minha visão sobre o perigo das plantas invasoras. Eu subestimava este problema na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC), adotada pelo PDE/SPVS com recursos do Banco HSBC, da campanha publicitária do seguro de automóveis, Seguros Verde Auto. Há dois anos começamos a aplicar estes recursos do PDE/SPVS para combater esta espécie invasora.
Em uma pequena área da RPPN Refúgio do Macuco já foram abatidas mais de 500 árvores adultas de pé-de-galinha (Hovenia dulcis), que deixaram milhares de mudas, muitas delas plantadas pela fauna bem distante do local, na parte de mata primária. Estimamos que leve mais de 50 anos para erradicação desta invasora, deste que tenhamos os recursos financeiros e que os vizinhos também eliminem esta espécie de suas propriedades.
Contaminação biológica: muda da árvore exótica e invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis) plantada por animais (jacú, provavelmente) no meio da mata nativa.
O que estamos observando na RPPN Refúgio do Macuco serve de alerta. Mostra de forma bem evidente que o pé-de-galinha (Hovenia dulcis) é uma espécie de árvore invasora muito perigosa, com um poder devastador de aniquilar a Mata Atlântica e toda sua rica biodiversidade de plantas e animais em poucas décadas. A árvore começa a colonizar a mata ciliar, onde incide mais luz, e vai se expandindo para dentro da mata, substituindo gradualmente as espécies nativas. Moradores do entorno contam que o antigo proprietário da área confrontante apareceu com a novidade por lá há 40 anos plantando uma única muda desta árvore.
Quem não gostou nem um pouco das nossas ações para erradicação - ou controle – da árvore invasora pé-de-galinha (Hovenia dulcis) foram os caçadores. Reclamaram – e muito – porque acabamos com o local de ceva de mamíferos, como o tateto (porco-do-mato), paca e quati. De fato, no local nós encontramos vestígios de instalação de armadilhas nas dezenas de trilhas dos animais silvestres. Era o melhor ponto que eles tinham para caçar.
Prefeitura de Santa Cruz do Sul (RS) proíbe o plantio e determina erradicação de uva-do-japão no município.
Publicação: 12/11/2008
Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul
Uma resolução aprovada na última segunda-feira, dia 10, pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) proíbe o plantio, a produção e a comercialização de mudas da espécie exótica Uva do Japão em Santa Cruz do Sul. Por ser uma espécie com grande capacidade de germinação e proliferação ela é bastante agressiva tornando-se dominante no meio onde vive e eliminando as espécies nativas ali existentes.
Segundo o presidente do Conselho e também titular da Secretaria Municipal de Saneamento e Meio Ambiente, Clero Ghisleni, nos últimos anos houve um avanço na incidência da espécie junto ao Cinturão Verde, considerada área protegida, trazendo graves conseqüências para a fauna local. Com a aprovação da medida uma série de ações visando a substituição da espécie serão implementadas pelos órgãos responsáveis.
Nas escolas da rede pública, por meio de projetos de educação ambiental, devem ser proferidas palestras com o intuito de levar informações aos pais, alunos e professores sobre os riscos que a disseminação dessa espécie pode provocar ao meio ambiente. “Vamos buscar conscientizar e orientar a população para o plantio de outras espécies mais benéficas. A Uva do Japão se desenvolve rápido, tem boa capacidade de produção, mas termina com as nossas espécies nativas”, explica Ghisleni
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informa que nas áreas rurais onde a espécie é usada para consumo, a substituição da floresta poderá ser feita por outra espécie exótica. No caso dá como sugestão o Eucalipto. Ghisleni lembra que a Uva do Japão é muito usada nas propriedades do interior como fonte de energia para a cura do fumo. “Nesses casos a substituição será gradativa para não inviabilizar a atividade econômica do produtor”, diz ele.
Nos casos de terrenos situados em áreas urbanas o corte poderá ser efetuado sem a necessidade de licenciamento e deverá ser efetuado no prazo de até 30 dias após a notificação da prefeitura. Nas áreas de preservação ambiental o procedimento somente poderá ser feito com licenciamento e a substituição do exemplar será por uma espécie nativa. Já nas áreas públicas a supressão da espécie ficará a cargo da Secretaria Municipal de Saneamento e Meio Ambiente.
34 comentários:
Germano, uma pesquisadora da ESALQ desenvolvou um método para erradicação do lirio-do-brejo. Veja o link: http://www.usp.br/agen/?p=86604
Luiz Alvaro,
Agradeço muito a sua ajuda. Eu li o trabalho que você indicou da Luísa Almeida Maciel.
Nós já tivemos a mesma experiência bem sucedida. Conseguimos erradicar o lírio-do-brejo da RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim (SC), por volta de 1995, arrancando e cozinhando os rizomas de uma extensa área.
O problema na RPPN Corredeiras do Rio Itajaí é bem mais complexo. Temos mais de 10 quilometros de rios com vários pontos das margens e ilhas tomadas pelo lírio-do-brejo. São lugares de difícil acesso (fundo da grota do rio do Couro, por exemplo), que leva duas horas para chegar. Depois, você tem que caminhar ao longo do rio, que leva dois dias inteiros (da madrugada até ao anoitecer) para percorrer o trecho ida e volta só dentro da RPPN.
Nas chuvas fortes de novembro/2011, foram trazidos centenas de pedaços de rizomas das cabeceiras do rio do Couro e rio Itajaí, à montante da RPPN.
Portanto, mesmo que a gente consiga eliminar todas as touceiras dentro da RPPN, gastando muito dinheiro de mão de obra para arrancar, destruir os rizomas e caules (enterrando profundamente no local, por exemplo) e fazer o monitoramente ao longo de alguns anos, na primeira enxurrada todo este serviço estará perdido.
Em uma propriedade de Joinville, com mais de um hectare tomado pelo lírio-do-brejo, eu vi um técnica interessante. O proprietário contratou mão de obra para arrancar e amontoar (concentrar) o lírio-do-brejo. Fazendo isso durante 5 anos conseguiu eliminá-lo completamente.
Germano, nesse caso é por ignorância mesmo. Muita gente, e eu me incluo nessa situação, não sabem o grande mal que fazem. A TV e companhia, devia informar mais a população que nesse caso não faz por mal, mas, por ignorância.
Germano, nesse caso é por ignorância mesmo. Muita gente, e eu me incluo nessa situação, não sabem o grande mal que fazem. A TV e companhia, devia informar mais a população que nesse caso não faz por mal, mas, por ignorância.
Parabenizo o DEFENSOR DA NATUREZA pela iniciativa e pelo belo trabalho...estaremos divulgando em Minas Gerais e convido acessar nosso site www.linkminas.com ONG Zeladoria do Planeta
Interessante,pois conheço muito bem
essa árvore frutífera,temos aqui bem próximo essa árvore,também quando criança gostava dos frutos,como sou leiga nesse assunto,mas, sei o valor de cuidarmos de nosso planeta.
Também existem aquelas plantas que invadem os riachos de parques e ocupam todo o espaço,reservado as espécies de fauna,oque seria estes?
Obrigada por compartilhar!!
Parabéns pelo trabalho e esforço de vocês!!
Ótima oportunidade para participar dos editais de apoio da Fundação Grupo Boticário, este ano com temas ligados a ações para prevenção ou controle de espécies invasoras. Com inscrições até 31 de março.
http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt-br/paginas/novidades/detalhe/default.aspx?idNovidade=303
Germano:
Na Serra Gaúcha o "pau-doce" ou "uva-japonesa" (Hovenia dulcis) é a mais séria invasora das matas de encosta, além de inútil como frutífera ou como produtora de madeira para fogões (lenha ruim, leve, que queima muito rápido).
Além de desnecessária, a espécie ameaça seriamente nossos ecossistemas silvestres, como o Pinus taeda ameaça os ecossistemas campestres.
A Prefeitura de Santa Cruz do Sul está de parabéns pela iniciativa resposável e corajosa.
Celso
Celso do Lago Paiva
Grupo de Estudos de Organismos Invasores (GEOI) do
Instituto Pró-Endêmicas (IPEn)
http://br.groups.yahoo.com/group/geoi/
No sitio do meu avo tem esta arvore e passei minha infancia comendo uva japonesa, mas agente fala uva do para.
Raquel,
Na minha região esta árvore é conhecida como PÉ-DE-GALINHA. Eu também apreciava muito os frutos desta árvore na minha infância. Se não estiver bem maduro, amarra a boca, como um caqui verde. Eu não fazia ideia dos problemas que esta árvore causa para a natureza do Brasil. As árvores jovens são difíceis de serem eliminadas porque ocorre uma vigorosa brotação do cepo, após o corte.
Caro Germano,
Parabenizo as suas iniciativas de preservação da mata atlântica, no entanto tenho um ponto de vista um pouco diferente em relação a Uva do Japão.
Sou Engenheiro Florestal e minha família possui uma propriedade rural em Sta Cruz do Sul.
Com base na observação da espécie em campo e buscas na literatura científica, tenho certeza que a espécie coloniza áreas antropizadas, degradadas e capoeiras.
No entanto ainda não observei a espécie invadindo áreas florestais conservadas e também não consegui localizar estudos científicos que comprovem isso.
Ao meu ver, a hovenia é uma espécie oportunista, que se desenvolve em locais impactados pelo homem que possuem maior luminosidade, mas que tende a desaparecer ao longo do tempo com o sombreamento, mesmo que esse tempo seja de algumas décadas. Um comportamento similar a embaúba que é nativa.
Pretendo me aprofundar nesse tema futuramente, portanto se puder recomendar algum material científico sobre o assunto, eu agradeço.
Mais uma vez, parabéns pelas iniciativas e pelo Blog.
Abraço, Peter.
Amigo Germano Woehl Junior, não sou ligado a área de biodiversidade, apenas um observador atento aos problemas ambientais de nossa região no RS e tenho me preocupado no longos dos anos com a velocidade com que a Uva do Japão vem atacando nossas florestas.
Já tentei levar o tema a dirigentes da Emater do RS e outras entidades, inclusive na Univrsidade Estadual, sem nunca tem visto ou ouvido alguém se preocupar com o assunto, ao ponto de a partir de hoje criar uma página no Facebook sobre o assunto.
Conto com sua colaboração e vou copiar alguns testos seus (pelo bem de todos)
Desde já espero que me desculpe pelas cópias de fotos e matéria a respeito.
Forte abraço
Eugênio Tramontini
ENCANTADO - RS
Amigo Germano Woehl Junior, não sou ligado a área de biodiversidade, apenas um observador atento aos problemas ambientais de nossa região no RS e tenho me preocupado no longos dos anos com a velocidade com que a Uva do Japão vem atacando nossas florestas.
Já tentei levar o tema a dirigentes da Emater do RS e outras entidades, inclusive na Univrsidade Estadual, sem nunca tem visto ou ouvido alguém se preocupar com o assunto, ao ponto de a partir de hoje criar uma página no Facebook sobre o assunto.
Conto com sua colaboração e vou copiar alguns testos seus (pelo bem de todos)
Desde já espero que me desculpe pelas cópias de fotos e matéria a respeito.
Forte abraço
Eugênio Tramontini
ENCANTADO - RS
oal pessoal
bom temos um problema ambiental mas por outro lado temos uma ligaçao social economica e ambiental legada a esta planta, sou apicultor ha mais de 20 anos, e sempre procuro essas areas para produçao de mel, pois é uma planta quando as condiçoes climaticas favorecem produzem um excelente mel de cor clara, sabor delicioso, é uma das plantas mais procuradas pelas abelhas pois e autamente benefica, se destruirem essas plantas como que nos apicultores e nossas familias iremos tirar nosso sustento sem prejudicar a natureza?
EXCELENTE TRABALHO, Sou graduando de engenharia Ambiental e Sanitária, estou estudando sobre o uso do carvão do fruto da "uva-japonesa" (Hovenia dulcis), no tratamento de efluentes, estudos mostram que cerca 0,3g de carvão extraído resolveu cerca de 95% dos 50mL de Azul de Metileno. o que me parece inviável visto que seu fruto só dá por cerca de 3 semanas, logo, para um tanque de 1000l, seriam necessários 6kg de carvão. tornando o cultivo inviável. Porém o uso do que ja existe na remediação de efluentes, seria uma alternativa para o uso do fruto, antes que fossem disseminados na natureza pelos animais.
http://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/acta/article/view/2569/1490
Amigos, talvez onde não existam tantas plantas o problema seja desconhecido, mas na região onde eu moro, rodeado de montanhas no vale do Taquari, é assustador principalmente quando elas iniciam a britação, após o inverno, nos meses de agosto/setembro, pobre de nossas matas nativas, quando acordam já estão por baixo da sombra desta praga asiática.
Deste jeito vamos ter nossas montanhas a curto prazo completamente estéreis, pois a danada mata todas as outras e só fornece alimento aos pássaros e animais nativos durante 3 meses.
É urgente pensarmos nisso.
Forte abraço a todos.
Eugênio Tramontini
observador
olá
Punir uma espécie por ser evolutivamente bem sucedida me parece insano.
O processo de colonização é natural das espécies.
Acredito que essa abordagem de plantas fora da lei deve ser vista com cuidado.
É mais preocupante a derrubada de arvores nativas para alimentar as estufas de fumo em SC e em seguida o plantio de eucalipto. Feito de forma massiva e predatória por nós primatas que a conquista de uma planta pelas suas próprias "estratégias" evolutivas de sobreviver e propagar.
Vcs querem fazer algo bom? parem com o consumo do tabaco e plantio de eucalipto. Vcs vão salvar milhares e milhares de espécies nativas. ok? Espero ter ajudado a dar um novo norte.
Olá...
Insano é criticar sem profundo conhecimento de causa.
O processo de proliferação da espécie foge do controle por produzir sementes que além de brotar embaixo da própria árvore
É transportado para a mata nativa e comprovadamente está destruindo a mesma
Para o nosso bem e das futuras gerações, alguns municípios do RS já estão incentivando proprietários de terras atingidas para
Que abaterem estas praga asiática.
Procure ler mais a respeito. Está espécie chegou no RS a 40 anos e se não
for combatida a tempo, só vão ficar elas no lugar danossa mata nativa.
Quanto ao Eucalipto, é uma espécie que consome muita água e seca banhados
e vertentes, MAS NÃO SE PROLIFERA SEM A MÃO DO HOMEM.
MAS EUCALIPTO NÃO SERVE SÓ PARA ESTUFAS DE FUMO, É COMBUSTÍVEL
PARA A GRANDE MAIORIAS DAS INDÚSTRIAS
ALIMENTÍCIAS, PORTANTO UM MAL NECESSÁRIO E FACILMENTE CONTROLÁVEL
PASSE BEM!
Rede AM de Divulgação Científico-Ambiental - Grupo facebook "Espécies Exóticas e Invasoras" < https://www.facebook.com/groups/667843156568862/ > ...
Olá pessoal.
Talvez seja interessante incentivar a coleta destas espécies de forma voluntaria não agressiva em grupos de PANCS (plantas alimentares não convencionais) e agroecologia, em forma de mutirão. As duas espécies têm propriedades alimentícias (as folhas e as raízes do lírio são muito saborosas). Isso vai ter mais divulgação pela mídia, vai afetar mais pessoas e a população vai aceitar melhor. A ignorância tem que ser vencida de alguma forma. E tudo não vai acabar em pizza e sim em uma bela refeição comunitária! Aí perto de vocês tem bastante gente envolvida com permacultura. Vale a pena tentar. As redes sociais estão aí e devem ser usadas para esses fins, e não para futilidades inúteis. Elas nos conectam mais rapidamente. Este post foi lançado em 2012 e eu estou lendo-o agora em 2016. Isso é muito legal. Mas se tivesse sido veiculado nas redes sociais talvez o processo estivesse mais avançado.
Ariane, Esta árvore é uma invasora terrível. Vai legar pelo menos 50 anos para remove-la da reserva. Está forrado de mudas nas clareiras e muitas que foram cortadas brotaram. Quem vai querer coletar as sementes em lugares de dificil acesso, sendo que está cheio de sementes nas praças e ruas das cidades. Fica até perigoso andar nas calçadas onde plantaram esta árvore porque fica forrado dos frutos
Sei que pode ser idiotice minha,mas será que fizessem tipo uma mobilização da população para arrancar o máximo dessa árvore,com premiaçoes em dinheiro até pra quem trouxesse mais árvores invasoras arrancadas!Aposto que em pouco tempo não existiria...deixassemos apenas as plantas nativas!
Quero crer que em havendo interesse na área farmacêutica as dificuldades operacionais no controle da Hovenia Dulcis devam se reduzir.
O texto cita 14 estudos científicos onde o mais significativo me parece ser a ação antioxidante da miricetina no fígado.
https://examine.com/supplements/hovenia-dulcis/
Ary,
Agradeço seu comentário. O problema é que Hovenia dulcis (pé-de-galinha ou uva-do-japão) está em locais de difícil acesso. Se houvesse uma demanda pela planta, certamente seria feitos novos reflorestamentos e o problema se agravaria ainda mais. Aumentaria o desmatamento. Lembrando que a origem do problema foi exatamente esse: plantio para produção de lenha devido ao crescimento rápido.
Gotaria de saber serve para madeira
Ja que tenho grandes arvores.
Obrigada pela sua colocação. Faz uma profunda reflexão.
Gostaria de saber como faço p afquerir muda e os frutos aqui em.mt cuiaba quero plantat uva do japao nossas terra me responde pelo meu email angelarosa16@hotmail.com angela maria
Parabens a voces pela iniciativa tambem ando me preocupando bastante com esse problema
Temos muitas outras plantas nativas que podemos ir integrando gradativamente a natureza que tambem sao otimas para a producao de Mel tambem temos Mel aqui plantamos o eucalipto variedades variadas e deixamos as arvores so para Mel quanto mais velhas melhores louro que agora esta branco de flor a vassourinha e otima quem quer produzir Mel precisa plantar muitas especies aqui temos uma sombreira chamada canela ela florece na mesma epoca da uva japonesa e as abelhas adoram e ela não e toxica
A uva japonesa tambem e toxica para vacas em producao de leite ela e viciante a vaca fica estufada e pode vir a obito se comer muita fruta ou folha e o leite pode acidificar temos isso como exemplo perdemos 2 vacas ate que o veterinario descobriu que era da uva japonesa tiramos as arvores e o problema foi solucionado ela se propaga muito rapidamente e sozinha o eucalipto precisa ser plantado mas a uva do Japao quando tem uma em alguns anos tem muitas
Valeu
Postar um comentário