O evento oficial de inauguração do Centro Interpretativo da Mata Atlântica (CIMA) ainda não aconteceu. Mas a inauguração para valer aconteceu nos dias 4 e 5 de maio, quando foram atendidos um grupo muito especial de 2 professoras e 18 jovens estudantes do último ano do magistério (ensino médio), futuros professores, em um curso de educação ambiental ao ar livre.
Estes jovens estudantes estavam muito motivados e interessados em aprender sobre o ecossistema tropical mais rico em biodiversidade e ameaçado do Mundo, que é a Mata Atlântica densa que ocorre na Serra do Mar. São da Escola de Educação Básica Virgílio Várzea, de Itaiópolis (SC), no Planalto Norte. Enfrentaram uma viagem de 160 km para conhecer a Serra do Mar catarinense que só conheciam através dos livros de geografia. Foi uma experiência fascinante para estes futuros professores.
Eles participaram de várias atividades interativas com a natureza nas trilhas do CIMA, promovidas pela equipe do Instituto Rã-bugio. O cansaço da viagem não tirou o entusiasmo de fazerem uma trilha noturna, onde puderam observar a riqueza da biodiversidade de animais que só entram em atividade neste período da noite. No ambiente de muita tranquilidade das instalações do CIMA, se dividiram em grupos de trabalho e preparam apresentações sobre o que aprenderam.
Estudantes em contato com a natureza da Sera do Mar na trilha do Centro Interpretativo da Mata Atlântica
Receberam também treinamento para desenvolverem uma atividade muito educativa de ciências e simples de ser realizada quando forem professores. Trata-se da extração de corantes de flores ou das folhas de repolho roxo para serem utilizados como indicadores colorimétrico da acidez ou alcalinidade da água (a cor varia de acordo com o pH, que mede a acidez e alcalinidade). Pode ser usado para detectar poluentes na água. É um experimento de química muito atrativo para crianças e jovens que facilita muito o aprendizado desta disciplina. Clique aqui para saber os detalhes.
Os participantes do curso não tiveram que pagar nada, nem a confortável hospedagem no CIMA, no meio da Mata Atlântica bem preservada da Serra do Mar, um verdadeiro paraíso da floresta tropical. Tudo foi bancado com recursos de doadores (pessoas físicas) e parceiros. A Prefeitura de Itaiópolis, através da Secretaria Municipal de Educação, pagou o fretamento do ônibus.
Momento de descontração dos estudantes no refeitório do Centro Interpretativo da Mata Atlântica
A idealização do CIMA contou com o forte apoio da sociedade através de doações de pessoas físicas, patrocínio de empresas, fundações, Ministério Público de SC e Prefeitura de Jaraguá do Sul (SC). Clique aqui para ver as imagens e saber mais detalhes.
Neste início das atividades do CIMA já foram atendidos também um grupo de professores da rede municipal de ensino de Joinville e outros já estão agendados.
Centros da natureza para atividades com escolas são comuns nos países desenvolvidos há mais de 150 anos. Nossos objetivos são que estes professores promovam atividades ao ar livre com seus alunos para eles terem mais contato com a natureza e passem a gostar, valorizar e a defender a Mata Atlântica com toda sua riqueza de biodiversidade.
Estudos realizados na Califórnia e na maior parte dos Estados Unidos com os estudantes das escolas que desenvolvem atividades ao ar livre e outras formas de educação utilizando experiências com a natureza apresentaram significativamente melhor desempenho em estudos sociais, ciências, artes, linguagem e matemática.
Relatórios dos Participantes
Andriele Bodnar Szostak - 4a. Série do Magistério - Ensino Médio - 05/05/2012
Daiana Maia de Lima - 4a. Série do Magistério - Ensino Médio - 05/05/2012
Matheus Henrique da Silva Höweler - 4a. Série do Magistério - Ensino Médio - 05/05/2012