terça-feira, 26 de outubro de 2010

Rocha misteriosa encontrada no leito dos riachos da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí

Formção rochosa muito interessante encontrada na RPPN Corredeiras do Rio Itajai, Itaiópolis (SC). Alguém saberia identificar?

A RPPN Corredeiras do Rio Itajaí protege vários rios e riachos que estão repletos de formas de vida aquática proporcionadas pela pureza das águas. A rica fauna de mamíferos também depende destes rios.

No leito desses riachos ocorre um tipo de rocha muito interessante, que desperta muita curiosidade. Repare na imagem acima que a rocha apresenta a superfície ondulada com certa regularidade, como se fosse esculpida pelo homem.

Já consultei alguns geólogos e eles não souberam identificar este tipo de formação rochosa, que é comum de ser encontrada nos riachos da RPPN. Eu nunca vi esta rocha em outros lugares.

Se alguém souber identificar esta rocha e fornecer algumas características, por favor, deixe registrado nos comentários, ou entre em contato através do site do Instituto Rã-bugio. Ficaremos muito agradecidos pela ajuda. Esta informação contribui para caracterizar melhor a RPPN.

Riacho da RPPN Corredeiras do Rio Itajai onde ocorre a rocha com a superfície ondulada.

domingo, 17 de outubro de 2010

Riqueza de aves da Mata Atlântica: patrimônio ameaçado de extinção

Saíra-lagarta (Tangara desmaresti) espécie que depende de áreas bem preservadas de Mata Atlântica para sobreviver. Clique sobre imagem para ampliar.

A cada visita que fazemos à RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, localizada em Itaiópolis (SC), ficamos mais surpresos pela quantidade de espécies de aves que observamos.

Nos meses de inverno e início da primavera, nos dias frios e chuvosos, é a única oportunidade de observar de perto, e fotografar é claro, as várias espécies de saíras, que descem do alto das árvores para se alimentarem dos frutos de plantas arbustivas, como as pixiricas.

Bandos com mais de 50 saíras das espécies saíra-lagarta (Tangara desmaresti) e saíra-do-papo-preto (Hemithraupis guira) que são vistos nas copas das árvores procurando insetos descem para se alimentarem dos frutos das pixiricas.

No início da primavera, os bandos de saíras se desfazem para formarem os casais. É época de reprodução. Nesta época, são os casais que percorrem as pixiricas à procura de frutos maduros. Na falta deles, a fome aperta e as saíras-lagarta comem até os frutos bem verdes e aqueles que mal começaram a se desenvolver.

Estas saíras só podem ser encontradas em matas bem preservadas, demonstrando a importância de salvar estas poucas áreas que ainda restam. O desmatamento é o fim para esta espécie. Não adianta plantar árvores depois ou permitir a regeneração natural que esta espécie e centenas de outras não voltam mais. Por isso, concentramos nossos esforços para salvar as matas que ainda restam.

A saíra-lagarta é uma espécie tão ligada ao hábitat, isto é, às áreas bem preservadas de Mata Atlântica que não frequenta nem os quintais com pomares carregados de frutas madurinhas das propriedades rurais do entorno da RPPN, como fazem outras espécies de aves . Todos os agricultores que moram ali há décadas confirmam esta constatação. Aliás, o aviso de que era inútil esperar em seus pomares as saíras-lagartas para fotografá-las foi dado por eles.

Pode ser que a saíra-lagarta tenha comportamento diferente em outros lugares do Brasil, mas a população de saíra-lagarta da nossa região (Mata Atlântica da região norte de Santa Catarina) é extremamente sensível e não tem conseguido se adaptar ao meio ambiente alterado pela ação do homem ou em fragmentos muito reduzidos de matas preservadas.

Assista aos vídeos e veja dezenas de fotos deste lindo passarinho da Mata Atlântica: CLIQUE AQUI