quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Demonstração de Amor pela Vida: Libertou um gaturamo da gaiola

Gaturamo que foi salvo por uma jovem estudante de biologia que ama a natureza (clique sobre a imagem para ampliá-la)

Na semana passada, durante o intervalo das atividades de interpretação de trilha, na RPPN Santuário Rã-bugio, quando atendíamos uma escola pública de Navegantes (SC), uma de nossas estagiárias, acadêmica de Biologia, contou-nos uma história bastante motivadora sobre sua atitude corajosa que nos encheu de orgulho, pois é uma prova de que esta jovem estudante realmente ama a natureza.

Ela estava passeando com a família na Vila da Glória, em Joinville (SC). E na frente de uma residência ela presenciou um crime ambiental: um gaturamo (Euphonia violacea), passarinho da Mata Atlântica, preso e se debatendo muito em uma gaiola com um alçapão armado, que ela tratou de fotografar (veja a foto acima). O gaturamo estava com parte próxima ao bico sangrando e muito machucada de tanto que se debatia na gaiola, tentando escapar.

Como o infrator não deu as caras, ela não hesitou em dar a liberdade imediata para o gaturamo. Em seguida, estraçalhou o alçapão e a gaiola e jogou tudo no meio do mato.

O gaturamo é uma ave que não sobrevive muito tempo na gaiola, porque precisa de uma alimentação muito especial que só encontra nas matas bem preservadas. Portanto é uma crueldade muito grande mantê-lo preso. A gaiola é a morte certa em poucas semanas.

É adaptado para se alimentar quase que exclusivamente de frutos. Raramente come insetos. É uma ave altamente evoluída para se alimentar somente de frutos de polpa bem macia. Não tem papo e a moela é degenerada, ou seja, possuem baixa capacidade de processamento mecânico dos alimentos ingeridos. O alimento é pouco aproveitado e eliminado poucos minutos após a ingestão.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Vendaval em Santa Catarina devastou também áreas preservadas de Mata Atlântica

Fragmento de Mata Atlântica arrasado pelo vendaval no entorno da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, na localidade Serrinha do Itajaí, Vontroba, em Itaiópolis (SC). Clique na imagem para ampliar

Como se já não bastasse o apetite das motosserras, os fragmentos de Mata Atlântica foram também duramente castigados pelo vendaval da semana passada que arrasou o centro da cidade de Papanduva, no Planalto Norte Catarinense

A RPPN Corredeiras de Rio Itajai, em Itaiópolis (SC) teve centenas de árvores centenárias derrubadas. No entorno da RPPN teve alguns fragmentos isolados de Mata Atlântica que foram totalmente arrasados pelo vendaval, ccomo se tivessem sido devastados pela ação humana, com aqueles correntões puxados por dois tratores-de-esteiras para destruir as áreas de Cerrado.Veja a imagem acima.

Moradores da localidade da Cerqueira, em Itaiópolis, chegaram a encontrar passarinhos mortos que se refugiavam nas árvores durante o forte vendaval seguido de muito granizo, que ocorreu por volta das 16:30 h do dia 20/08/2009.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Salvando as nascentes do rio Itajaí e milhares de formas de vida!


Acabam de ser criadas as RPPNs de nossas áreas preservadas em ITAIÓPOLIS, SANTA CATARINA, nas cabeceiras do Rio Itajai


RPPN CORREDEIRAS DO RIO ITAJAÍ- Área: 332,92 ha
RPPN TAIPAS DO RIO ITAJAI - Área: 24,2 ha

As Portarias n. 75 e 77 de 03/09/2009 do Ministério do Meio Ambiente foram publicadas no Diário Oficial da União do dia 04/09/2009, n.170, páginas 234 e 235.

UM PRESENTE PARA SANTA CATARINA, BLUMENAU, ITAJAI... PARA AS FUTURAS GERAÇÕES

Iniciativa salva da devastação dezenas de quilômetros de matas ciliares preservadíssimas (de rios, córregos e riachos da bacia hidrográfica do rio Itajaí) e com milhares de bichos - patrimônio de todos os brasileiros.

Estão salvos 443 hectares de Mata Atlântica, boa parte intocada (floresta primária), com árvores centenárias, nas cabeceiras do rio Itajaí, no município de Itaiópolis (SC). A maior parte desta área já foi transformada em RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural, situação onde nunca mais poderá ser desmatada. O restante da área já está em processo de ser também transformada em RPPN.

Elza Nishimura Woehl ao lado de uma árvore centenária Maria-preta (Diatenopteryx sorbifolia)

Graças às nossas ações, salvamos CONCRETAMENTE dezenas de quilômetros de matas ciliares. Para quem gosta de pensar em termos do número de árvores, devem ter sido salvas algo em torno de 10 milhões de árvores, considerando as mudinhas e árvores jovens e adultas. Se estas áreas não forem compradas, serão todas devastadas, como já está ocorrendo – de forma muito intensa.
Elza Nishimura Woehl com uma figueira gigante. Espécie de árvore centenária que ocorre na RPPN

Para cuidar de tudo isso o casal Elza Nishimura & Germano Woehl Junior recebeu apoio do programa de desmatamento evitado através de adoção de áreas preservadas da ONG SPVS em parceria com o banco HSBC – Seguros Carbono Neutro, da campanha de neutralização de carbono do HSBC. Este programa de adoção de áreas preservadas visa salvar as últimas áreas preservadas de Mata Atlântica, mais especificamente, as Matas de Araucárias.

Para compra das áreas foram utilizados recursos pessoais (das economias do casal Germano & Elza, fundadores e dirigentes do Instituto Rã-bugio). Foi um esforço para salvar estas últimas áreas preservadas de Mata Atlântica, que prestam um serviço essencial para a população (protegem os recursos hídricos, a biodiversidade evitam erosão e estocam carbono que se for liberado agrava o problema do aquecimento global).

O processo de criação da RPPN foi feito pela Associação RPPN Paraná em parceria com a Associação RPPN Catarinense que contou com o apoio financeiro da Aliança para Conservação da Mata Atlântica, através do Programa de Incentivo as RPPN da Mata Atlântica.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

FEPEMA aprova projeto do Instituto Rã-bugio: Educação Ambiental para a sustentabilidade

Estudantes da escola publica estadual E.E.B Teresa Ramos de Corupá (SC),
participantes do projeto de Educação Ambiental do Instituto Rã-bugio


O projeto “Educação Ambiental para a sustentabilidade” proposto pelo Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade foi aprovado pelo FEPEMA*, após análise da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental de Santa Catarina CIEA/SC.

O projeto abrange as escolas públicas dos municípios de Jaraguá do Sul, Corupá, Schroeder, Guaramirim e Massaranduba, do vale do rio Itapocu (região norrte de Santa Catarina). Portanto, as ações do Instituto Rã-bugio atingirão uma escala impressionante com este projeto.

Ao todo, serão 6000 estudantes atendidos em trilhas interpretativas em meio a Mata Atlântica. As atividades estão sendo realizadas no Centro Interpretativo da Mata Atlântica (CIMA), no município de Jaraguá do Sul e na RPPN Santuário Rã-bugio, no município de Guaramirim.

As ações visam salvar os remanescentes de Mata Atlântica, que prestam serviços ambientais estratégicos para a sociedade, protegendo os mananciais, evitando a erosão do solo, amenizando o clima e mantendo a estocagem de carbono (já que o desmatamento libera gases de efeito estufa que agravam o problema do aquecimento global).

Enfim, o projeto contribuirá para a preservação de um valioso patrimônio nacional: a riquíssima biodiversidade, com muitas espécies ameaçadas de extinção, que a Mata Atlântica abriga.


Alunos da escola pública estadual E.E.B Francisco Mees, de Corupá (SC),
prestando uma homenagem ao Instituto Rã-bugio.


*O FEPEMA (Fundo Especial de Proteção ao Meio Ambiente de Santa Catarina) é um fundo socioambiental, vinculado a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável - SDS do estado de Santa Catarina, que tem como finalidade, apoiar o estudo, desenvolvimento e execução de programas e projetos que visem a conservação, a recuperação e a melhoria da qualidade ambiental. Instituído em 1981, o FEPEMA é um dos mais antigos fundos socioambientais atuantes no país e representa um importante instrumento de financiamento ambiental em Santa Catarina.