O hábito da queima de lixo plástico nos quintais das residências libera fumaça altamente tóxica contendo substâncias químicas conhecidas como dioxinas e furanos* que apresentam um potencial cancerígeno considerável. É um problema ambiental gravíssimo que ocorre no Brasil inteiro, inclusive nas regiões metropolitanas onde há coleta seletiva.
Além da fumaça, o resíduo da queima é da mesma forma muito tóxico, por conter as mesmas substâncias, contaminando para sempre o solo – e não deve ser tocado sem luvas de proteção.
Em Santa Catarina, praticamente todas as residências com fogão a lenha queimam sacos plásticos no fogão (como combustível) junto com a lenha, produzindo grandes quantidades de dioxinas e furanos.
Em São José dos Campos (SP), observo nas imediações do prédio onde moro um catador de recicláveis acumular em seu quintal o descarte de resíduos plásticos sem valor comercial e, com freqüência, atear fogo em tudo, geralmente à noite. A fumaça tóxica se espalha por toda a região central da cidade, se impregnando nos pulmões de milhares de pessoas.
Não há nenhuma campanha para esclarecer a população sobre os riscos à saúde deste péssimo hábito. Ao invés de entregar o lixo para o caminhão de coleta as pessoas acham mais cômodo descartá-lo no quintal de casa e atear fogo, quando não o fazem nas barrocas, terrenos baldios e leito dos rios e córregos.
Eu lembro da minha infância que nas festas juninas em Itaiópolis (SC), antes da era dos sacos plásticos, tínhamos o hábito de queimar pneus velhos na fogueira e a fumaça liberada causava náuseas e muita dor de cabeça. Algumas pessoas da comunidade também queimavam os pneus com freqüência para obter o arame de aço ideal para a fabricação de gaiolas para prender os passarinhos, como o canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola), já que agregavam valor às gaiolas quando as vendiam juntamente com os canários que capturavam na natureza.
Então, a partir daquela época eu já desconfiava que não fazia bem para a saúde queimar pneus. Eu estava certo, conforme revelaram mais tarde os estudos científicos realizados na Europa no final dos anos 70, que inclusive já apontavam a queima de lixo doméstico como a principal fonte de dioxinas.
Algumas formas de dioxinas tóxicas, formadas quando se queimam o lixo plástico, borracha, pneus, solventes etc. (produtos que contenham cloro em sua composição), são consideradas hoje as mais perigosas substâncias já criadas pelo Homem, com grau de toxidade ultrapassando o urânio radioativo (U-235) e o plutônio.
Autoridades do mundo científico destacam que as doenças relacionadas com a contaminação por dioxinas são várias, entre elas o cloroacne**, o câncer no fígado; o câncer no palato; o câncer no nariz; o câncer na língua; o câncer no aparelho respiratório; o câncer na tireóide; a queda de imunidade; malformações e óbitos fetais; abortamentos; distúrbios hormonais; concentrações aumentadas de colesterol e triglicéridos; hiperpigmentação da pele; dor de cabeça e nos músculos; desordem no aparelho digestivo; inapetência, fraqueza e perda de peso; neuropatias; perda da libido e desordens dos sensos.
A contaminação pelas dioxinas ocorre de forma lenta e gradual, em pequenas doses, e não é facilmente detectada porque, em curto espaço de tempo, não gera sintomas. Mas, como são cumulativas no organismo, após alguns anos, as intoxicações pelas dioxinas podem provocar várias doenças fatais.
*Moléculas semelhantes às dioxinas e se diferenciam por possuírem um oxigênio a menos.
** Caracteriza-se pela erupção de comedos e cistos polimórficos após exposição a hidrocarbonetos aromáticos halogenados (que contém cloro), tais como dioxinas e dibenzofuranos. O tratamento é difícil e a cloroacne pode persistir por vários anos, mesmo após interrupção do contato com a substância agressora.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
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4 comentários:
Germano,
Realmente essa é uma prática muito comum em nossa sociedade.
Observei já faz algum tempo, que
essa atitude é comum em pessoas que residem em áreas rurais, mesmo tendo a coleta seletiva toda semana, os mesmos optam pela queima desses resíduos. Portanto, vejo que esse hábito infeliz está relacionado com o processo cultural das pessoas.
Deste modo, achei muito interessante este estudo, pois é uma forma de alertar a população sobre os perigos e as conseqüências de uma prática tão simples, mas que pode causar prejuízos irreparáveis para todos os seres vivos.
eu já sofro danos terriveis duas pessoas sofrem de cancro em brito precizament por um senhor sem escruplos queimaasr lixos toxicos plasticos tudo quanto é perigoso ninguen hle diga nada ele éimportante au cumulo de os agentes controladores psp ordenar que deixe de fazer essas quemas tao proibidas por lei étao repugnante que pelas costas da psp logo quema como nada se tivesse passado vejam só sujeita se a indminizar os lesados por leia nen acredito no que vejo
Boa tarde
Sou reciclado não temos nenhum tipo de ajuda do governo
Pelo contrário o governo apoio a poluição
Acredito que o aterro sanitário desse material deve ser muito prejucial
Os aterros sao clandestino e tem o apoio de pessoas corruptas do governo
Que se enriquecer com prática de um mercado clandestino de reciduo plastplás
RelmRealm tem alguns materiais por conta do valor a ser reclido não compensa sua reciclagem
Tem empresa que para reduzir o custo de seu produto procurar fazer suas embalagens com materiais que são dificie de ser reciclado
A troca do polietileno para a pet
Em produtos de limpeza e uma delas
O LEITE e iogurte na garrafa pet
NaN são reciclado no Brasil
Pois temos que moer e lavar
E hoje não se consegue fazer isso pela ctsb a pet e um material com muita dencidade ela afunda na água
O poletilpoli tem menos dencidade
Ele flutua na aguá
tenho um bebe 5m ,toda semana apraga do meu vizinho queima resto de borrachas etc..ai tenho muito medo q isso prejudiq a saude dele.
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